Unificação mobiliza associações de policiais



A falta de integração entre as polícias civil e militar tem sido apontada como um dos problemas da estrutura da segurança pública do Brasil. E quando o assunto é a possibilidade de unificação das polícias, que será discutido na próxima semana pela Comissão de Segurança, as duas instituições também costumam defender pontos-de-vista diferentes.

O presidente da Confederação Nacional dos Delegados de Polícia, Achiles de Oliveira, disse que a unificação é uma tendência inevitável. Uma única polícia estadual, disse ele, possibilitaria uma seleção melhor e uma formação mais adequada.

- É necessário mudar a estrutura da polícia, que não pode ser militar - afirmou o delegado, citando como exemplo de distorção o fato de que no Distrito Federal apenas 2,5 mil policiais, de um efetivo de cerca de 17 mil, cumprirem funções na atividade fim.

Ouvido pela Agência Senado , o major Marcos de Araújo, disse que a posição do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais de Polícia, é a de que o país deve investir na integração das instituições, desde a formação dos policiais.

- O importante é unificar as atividades e não as corporações, que tem regimes jurídicos distintos. Polícia única é característica de estados totalitários - opinou o militar.

O Conselho de Comandantes Gerais é favorável a que ambas as instituições possam executar o chamado "ciclo completo de polícia". Assim, as polícias civil e militar teriam a incumbência do policiamento ostensivo e funções de polícia judiciária.

- É só delimitar material ou territorialmente para que não haja conflito - exemplificou o major Araújo, acrescentando que, para o militar, é preciso que a discussão sobre a estrutura das policias leve em consideração o que é melhor para a sociedade e não se transforme em luta de poder entre as duas instituições.



05/04/2002

Agência Senado


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