Augusto Botelho avalia importância do Programa Calha Norte para a região amazônica
O senador Augusto Botelho (PT-RR) avaliou nesta quinta-feira (15) a importância do Programa Calha Norte para a região amazônica - principalmente em sua porção setentrional. O programa foi criado em 1985 e está subordinado ao Ministério da Defesa. Ele destacou que "a razão de ser do Calha Norte são precisamente estes dois vetores: a defesa da soberania e o desenvolvimento sustentável da região".
De acordo com o Ministério da Defesa, a área de atuação do programa corresponde a 32% do território nacional - ou seja, cerca de 2,7 milhões de quilômetros quadrados -, abrangendo 194 municípios dos estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Vivem nessa região, segundo o ministério, aproximadamente oito milhões de pessoas, entre as quais estariam 30% da população indígena do Brasil.
Augusto Botelho afirmou que, entre as atividades do Calha Norte, estão a implantação de unidades militares, a construção de embarcações para controle e segurança da navegação fluvial e a manutenção da infra-estrutura instalada nos batalhões de fronteira. Além disso, ressaltou ele, o programa seria responsável por obras civis como a construção de escolas, hospitais e a manutenção de pequenas centrais elétricas.
- Essas ações permitem, a um só tempo, a defesa nacional e a fixação do homem na região - disse o parlamentar.
No caso do estado que representa, Roraima, Botelho frisou que os recursos do Calha Norte financiaram parte do projeto da Vila Olímpica, na capital, e viabilizaram a ampliação e a reforma dos aeródromos de Surucucu, de Pacaraima e de São João da Baliza.
O senador também argumentou que a presença militar garante a proteção das fronteiras "em localidades onde a porosidade e a vulnerabilidade podem significar sérios problemas, como os relacionados ao tráfico internacional de armas e de entorpecentes".
15/02/2007
Agência Senado
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