Bolsas desabam em todo o mundo









- Bolsas desabam em todo o mundo

- Os mercados de todo o mundo voltaram a desabar com a crise global e viram aumentar suas perdas. A Bolsa de Nova York caiu ao menor nível desde outubro de 98, na crise russa. O índice Dow Jones recuou 4,64%. A queda de 390 pontos foi a sétima maior da história.

O pessimismo, já influenciado pelo fraco desempenho das companhias e pela perspectiva de queda nos lucros, foi inflado pela notícia de que um remédio da Johnson & Johnson é suspeito de ter causado uma doença fatal em 141 pessoas. As ações da empresa caíram mais de 15% com a confirmação de que ela está sob investigação.

Ante as más noticias, todas as principias Bolsas do mundo caíram. Os mercados europeus tiveram queda em torno de 5% e bateram novos recordes de baixa dos últimos cinco anos.

Os outros índices dos EUA, que já vinham operando nos menores patamares em cinco anos, aprofundaram as perdas. O Nasdaq, das ações de companhias de alta tecnologia, recuou 2,79%. O Standard & Poor's 500, das maiores empresas dos EUA, caiu 3,84%.

No Brasil, a Bovespa fechou com desvalorização de 2,12%. O dólar se valorizou 0,6% em relação ao real e terminou o dia cotado a R$ 2,867. (pág. 1 e Cad. Dinheiro)

- O FMI não busca nenhum tipo de compromisso - assinado ou verbal - com os principais candidatos à Presidência do Brasil e acredita que, se houver um acordo de transição, ele será firmado somente depois do resultado da eleição.

Na avaliação do Fundo, quase todos os principais candidatos manifestaram sinais de "maturidade". Além disso, a instituição crê que o processo eleitoral do Brasil não comporta "compromissos mínimos".

Por enquanto, o Fundo vê espaço para "conversas exploratórias" para esboçar um acordo. Entre os principais candidatos, apenas o governista, José Serra (PSDB), defende pacto com o FMI antes da eleição.

Lula (PT) e Ciro Gomes (PPS) afirmaram que, por enquanto, o responsável pela política econômica é o atual Governo. Para Anthony Garotinho (PSB), um pré-acordo com o Fundo "pode ser um atestado de óbito". (pág. 1 e A4)

- O presidenciável Ciro Gomes (PPS) discutiu com um empresário em Manaus sobre a Zona Franca. Pressionado a se posicionar sobre a área de livre comércio, ele disse que a Zona Franca precisa ser moralizada para não ser extinta.

Maurício Loureiro, o coordenador do encontro, reagiu: "Nós da Zona Franca somos sérios". Ciro tentou interrompê-lo, argumentou que era "visita" e disse que há empresários sérios e exceções. (pág. 1 e A6)

- O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou a linha de montagem da fábrica da Volkswagen em São Bernardo (SP) - a maior do gênero no Brasil - e chorou ao falar das suas visitas à companhia na década de 70.

"Quando entrei aqui, a minha cabeça começou a girar e voltou a 75, 78. Para trazer um boletim, tinha que colocar dentro da meia, com medo de ser revistado", disse Lula a metalúrgicos e a diretores. (pág. 1 e A5)

- O volume de dinheiro enviado ao exterior registrou uma forte alta no início deste mês. Segundo o Banco Central, as remessas por meio de contas CC-5, utilizadas para mandar recursos para fora do País, atingiram US$ 690 milhões nas duas primeiras semanas deste mês - no mesmo período de 2001, foram US$ 185 milhões.

Em momentos de incerteza, as remessas de dinheiro ao exterior costumam aumentar. Pessoas e empresas vêem o envio como uma forma de proteger os seus recursos. (pág. 1 e B9)
- Inquérito concluiu que o médico Harold Shipman, o "Dr. Morte" britânico, matou ao menos 215 pacientes com injeções de opiáceos em 23 anos.

Shipman, 56, foi condenado há dois anos e meio à prisão perpétua pela morte de 15 mulheres. Com as descobertas, ele torna-se um dos piores "serial killers" da história, com quase uma morte por mês. (pág. 1 e A8)

- O medicamento Eprex, utilizado para o tratamento de insuficiência renal crônica e de alguns tipos de anemia, está sob suspeita de provocar a redução de glóbulos vermelhos - problema que, em última instância, pode levar à morte.

O caso é investigado pelo governo dos EUA. A Johnson, fabricante do remédio, diz que está colaborando. (pág. 1 e C4)


Colunistas

PAINEL

Ciro Gomes e Roseana Sarney (PFL-MA) marcaram um encontro secreto para hoje de manhã em Imperatriz. A pefelista acertará seu apoio ao candidato do PPS e discutirá a estratégia da campanha no estado, onde ele já é apoiado por Jackson Lago (PDT), adversário dos Sarney.

  • O encontro, que também contará com a presença do governador José Reinaldo (PFL-MA), foi acertado em um telefonema de Roseana para Ciro na noite de anteontem. Os dois devem combinar hoje um evento público para o anúncio do apoio.

  • Após encontrar-se secretamente com Roseana, Ciro participará de uma caminhada e de um comício com Jackson Lago, que não aprova as conversas com os Sarney. Para contentá-lo, o presidenciável priorizará seu palanque, embora admita subir eventualmente no do PFL. (pág. A4)


    Editorial

    PENTADEVEDOR

    A imagem do presidente do BC, Armínio Fraga, ostentando uma camisa da seleção brasileira com o registro de emissão de dívida externa nas costas em lugar do número do jogador, é mais um factóide do folclore econômico brasileiro.

    Há pelo menos uma interpretação para a imagem. Ela sugere uma associação entre a competência do País que conquista o pentacampeonato mundial de futebol e as supostas habilidades do presidente do BC como craque das finanças.

    É inegável que Fraga se esforça para jogar em novas posições. Vem fazendo lances totalmente diferentes do esquema tático conservador dos últimos anos. A bem-vinda redução dos juros é o mais evidente, contrariando expectativas e, para alguns dando indícios de decisão política. (...) (pág. A2)


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    07/20/2002


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