Discurso bélico de Bush derruba bolsas no mundo



Discurso bélico de Bush derruba bolsas no mundo O discurso de guerra do presidente George W. Bush agradou a 80% dos americanos mas derrubou as bolsas de valores em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, onde o Índice Dow Jones caiu 1,69% e a perda acumulada na semana (14,3%) é a maior desde julho de 33. Em cinco pregões, as ações perderam US$ 1,38 trilhão de seu valor (duas vezes o PIB brasileiro). O dólar, no Brasil, bateu novo recorde e fechou a R$ 2,835, apesar de o BC ter oferecido R$ 4,7 bilhões em títulos. As ameaças de Bush não assustaram o Talibã. O grupo afirmou que entregar Bin Laden seria um desrespeito ao islã. No Paquistão, protestos contra os EUA deixaram três mortos. O comandante da força aérea no Oriente Médio já está na Arábia Saudita para coordenar os ataques. (pág. 1, 21 a 25) * A Justiça condenou o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), por distribuir lotes de terras públicas a entidades religiosas e associações, mediante pagamento de taxas simbólicas. A decisão judicial, à qual cabe recurso, impõe a cassação de mandato, perda dos direitos políticos por cinco anos, multa e ressarcimento aos cofres públicos. (pág. 2 e 5) * Cerca de 50 entidades farão uma campanha para o presidente Fernando Henrique Cardoso aprovar a criação das aulas de filosofia e sociologia no ensino médio. "Vamos apelar para o Fernando Henrique sociólogo", diz Lejeune Mato Grosso, presidente da Federação Nacional dos Sociólogos. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, é contra. (pág. 2 e 9) * O prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos (PT), pode ter sido assassinado pelo traficante Wanderson Nilton de Paula, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa formada nos presídios paulistas. Segundo a Polícia Federal, Wanderson é dono de uma frota de vans que teria sido prejudicada por Santos. (pág. 2 e 11) * As indústrias de alimentos, brinquedos e artigos de decoração estão apostando na recuperação das vendas no último trimestre do ano. Ainda sob o impacto dos reflexos do racionamento, da alta do dólar e dos atentados nos Estados Unidos, as empresas entregam em outubro os novos produtos, que chegarão às lojas com preços de 5% a 15% mais altos que os de 2000. (pág. 2 e 27) * O encerramento da CPI das Obras Inacabadas poderá gerar uma investigação rigorosa sobre as relações suspeitas entre parlamentares e empreiteiras. Na próxima semana, a Corregedoria Geral da Câmara vai iniciar a apuração de denúncia de extorsão de dinheiro a empreiteiras pelo presidente da CPI, Damião Feliciano (PMDB-PB). Mas os partidos de oposição querem mais. Na próxima CPI, que continua funcionando até o dia 8, os líderes querem cobrar explicações de Damião, convocar empreiteiros e tentar identificar os deputados que ouviram as denúncias. Será uma espécie de CPI para investigar corrupção na CPI. (...) (pág. 3) * O PFL teve de engolir a derrota diante do fracasso de suas articulações para barrar a eleição de Ramez Tebet (PMDB-MS), mas já articula o contra-ataque. O troco terá como alvo o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). A cúpula pefelista deverá voltar suas baterias para o Conselho de Ética, onde promete reagir às manobras peemedebistas para tentar protelar a abertura do processo pro quebra de decoro contra Jader. (...) (pág. 4) Editorial "Não tão mal" A economia política não é ciência exata, embora muitos economistas a tratem como tal. Os fatos econômicos estão permanentemente sujeitos a fatores imponderáveis. Isso nunca foi tão verdadeiro quanto em relação às conseqüências dos atentados terroristas que atingiram em Nova York o centro financeiro da Terra, com reflexos negativos em todo o planeta. (...) Nesse sentido, o Banco Central adotou a atitude correta na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ao não se precipitar em relação às taxas de juros. Como os juros já estão altos, elevá-los ainda mais enquanto não se tem um horizonte menos nebuloso seria imprudente. (...) (pág. 6) Colunistas Panorama Político - Tereza Cruvinel O presidente FH e o PSDB sempre quiseram empurrar para março ou abril a apresentação do candidato tucano à Presidência. Mas a conveniência eleitoral está pedindo o contrário e os tucanos agora já planejam entrar o Ano Novo com o candidato escolhido. Vão acelerar o passo. (...) (pág. 2) Nhenhenhém - Jorge Bastos MorenoO PMDB acidental, o de alma pefelista, está em guerra com os seguidores de Ramez Tebet. Quer a cabeça de Moreira Franco, o "anjo mau" que se esconde um andar acima do gabinete de FH, nas montanhas do Planalto. Moreira está protegido pela cúpula do PMDB. É tido também como agente da candidatura do ministro José Serra. Estaria, segundo denúncias de Delfim Netto e Aloizio Mercadante, articulando o mais diabólico golpe político de que se tenha notícia: fazer o PMDB carimbar como seu o programa de governo de Serra que está sendo feito pelo ex-ministro Mendonça de Barros. E depois fechar uma aliança na qual os tucanos entrariam com o candidato e o PMDB com o programa. Na terça-feira, Sarney dormiu presidente do Senado, mas no dia seguinte Tebet invadiu a reunião da bancada para se fazer candidato à sucessão de Jader Barbalho. O pessoal de Sarney respondeu ao ataque com mensagem de paz: encolheu as urnas de voto em branco. O conciliador Sarney pregou trégua à tropa: "O presidente Fernando Henrique é assim mesmo! Ele não faz essas coisas por maldade." (pág. 3) Ancelmo Góis Na próxima semana será decidido o destino de Gabriel Stoliar como diretor da Vale. É aquela história. Tem sócios que defendem uma renovação completa na cúpula. Outros acham que nem tanto ao mar, nem tanto à terra. A conferir. (pág. 14) Topo da página

09/22/2001


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