Casildo Maldaner destaca distorções do sistema eleitoral dos EUA



Apesar de elogiar a reeleição de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos, confirmada na madrugada desta quarta-feira (7), o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) apontou “curiosidades e anacronismos” no sistema eleitoral americano.

Casildo lembrou que a eleição presidencial nos EUA é indireta, feita por meio de um colégio eleitoral. Apesar de o eleitor votar no candidato, no sistema americano o candidato vencedor de cada estado acaba ficando com todos os votos dos delegados desse estado - só há duas exceções a essa regra. Por causa disso, existe a possibilidade de que o candidato mais votado no país não seja eleito.

– Para que isso ocorra, basta vencer nos estados mais populosos, que têm maior número de delegados – observou, destacando que isso não é possível no Brasil.

Outra “distorção” apontada por Casildo se refere às eleições para à Câmara, feita pelo método distrital. Nesse sistema, as regiões são divididas por distritos, e cada distrito elege um representante. Assim, os votos destinados aos candidatos derrotados deixam de ser “representados” e é possível que um partido obtenha maioria na Casa sem ter recebido a maior parte dos votos.

– Quando isso acontece, diminui-se consideravelmente o nível de representatividade popular dos representantes – assinalou o senador.

Além disso, Casildo lembrou que a eleição distrital favorece a concentração partidária, pois induz ao surgimento de dois partidos hegemônicos, como é o caso dos EUA.

– Por aqui, com nossa jovem mas já sólida democracia, temos um sistema eleitoral que garante maior representatividade mas, por outro lado, resulta em menor governabilidade – avaliou o senador, referindo-se à multiplicidade de partidos no Brasil.

Ao comparar os sistemas dos dois países, Casildo argumentou que aprimoramentos na democracia são necessários em ambos os casos. Ele defendeu o prosseguimento, no Brasil, das discussões da reforma política, sugerindo alterações como a implantação do voto distrital misto nos moldes do que existe na Alemanha e o voto facultativo, “que seria o reflexo de nossa maturidade”.

– Que o Parlamento brasileiro, apoiado em sua legítima representatividade, tome a frente e dê seguimento à nossa necessária reforma política – concluiu.



07/11/2012

Agência Senado


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