Crescimento econômico brasileiro será de 3% a 3,5% este ano, diz presidente do BNDES



O Brasil tem condições de continuar crescendo, mesmo no curto prazo, apesar do cenário de agravamento da crise econômica mundial. Foi o que apresentou, nesta segunda-feira (7), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, durante o seminário “Novo Pensamento Econômico – Contribuições do Brasil para um Diálogo Global”, promovido pela Fundação Ford, no Rio de Janeiro.

Coutinho acredita que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano já está definida e deverá ficar entre 3% e 3,5%. “A oscilação de curto prazo não é relevante”, ressalvou. Para ele, da mesma forma que a economia foi programada para desacelerar em razão da crise mundial, pode voltar a ser programada para acelerar. “O que move investimento é a perspectiva de futuro para os próximos três, quatro, cinco anos”.

O presidente do BNDES lembrou que o Brasil e os demais países em desenvolvimento, que têm um “certo grau de autonomia”, estão crescendo acima da média mundial. “Isso é que nos dá força para criar um horizonte de credibilidade para investimentos futuros”. Acrescentou que a combinação de uma política fiscal firme com a perspectiva de manutenção da política de redução dos juros, aliada a incentivos ao investimento, diferencia a economia brasileira.

Para garantir a continuidade do crescimento, Coutinho destacou que os primeiros desafios são a formação de uma taxa agregada de poupança em reais e a elevação da taxa de investimento. “A política brasileira tem sido a de priorizar os incentivos aos investimentos, como grande diretriz norteadora do processo de sustentação do crescimento”.

Embora o BNDES seja reconhecido como uma alavanca ao investimento no País, Luciano Coutinho avaliou que ainda é cedo para definir se será necessária alguma mudança na política de financiamento da instituição. “A nossa percepção é que os planos de investimento estão mantidos em um patamar elevado, embora o ritmo tenha desacelerado um pouquinho na margem”.

O presidente do BNDES salientou que a crise mundial atual difere da de 2008, que resultou em uma paralisia completa do sistema global de crédito, afetando as exportações no Brasil e reduzindo os investimentos. Disse também que “não há perspectiva de ruptura sistêmica de um banco importante”.


Fonte:
Agência Brasil



07/11/2011 19:08


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