Cristovam defende piso salarial nacional para professores



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), defendeu nesta terça-feira (23) a criação de um piso nacional para os professores. Ele lembrou que, logo após reassumir seu mandato - do qual tinha se afastado para chefiar o Ministério da Educação -, elaborou proposta nesse sentido, aprovada e enviada à Câmara. Proposta semelhante originária do Executivo também tramita naquela Casa e deve chegar ao Senado brevemente.

Cristovam destacou três pontos sobre os salários dos professores: os pagamentos, menores que os de outras carreiras do funcionalismo federal, afastam os melhores quadros; a desigualdade entre os salários em cada estado são enormes; e não há correlação entre maiores salários e maior qualidade, que é definida pela capacidade de gestão de professores e diretores.

- Nosso país insiste em pagar pouco aos professores - lamentou.

Um professor com curso de graduação que trabalhe 40 horas semanais na rede pública dando aula ao ensino médio recebe salário de pouco mais de R$ 2,2 mil, argumentou Cristovam. Em contrapartida, um delegado recebe R$ 15 mil, um consultor legislativo recebe R$ 16 mil e um procurador recebe R$ 12,9 mil, exemplificou.

Além disso, a diferença também é gritante entre os estados: o Acre paga R$ 13 por hora a um professor, enquanto o estado que menos paga, remunera-os em R$ 3 por hora. Com gratificações incluídas, Roraima paga R$ 16 por hora, e o estado com menor salário paga R$ 4,85.

- A diferença é de quatro vezes - frisou.

Outro ponto citado por Cristovam foi a ausência de relação entre salários e qualidade de ensino. Além de salários dignos, a capacidade de gestão dos diretores deve ser casada à sua eleição por pais, professores e funcionários da escola.

Em aparte, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) citou o caso de um prefeito de seu estado que, ao assumir, demitiu todos os diretores de escolas nomeados politicamente, da "cota" de algum partido ou por apadrinhamento, atitude por ele elogiada.



23/10/2007

Agência Senado


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