Cristovam exige troca da prorrogação da CPMF pelo fim da DRU da educação



Em discurso nesta segunda-feira (3), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) voltou a defender a aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em troca da extinção da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na área da educação. Com a DRU, o governo pode retirar até 20% dos recursos destinados constitucionalmente à educação para uso em outras finalidades.

O senador enfatizou que o seu partido só aceitou votar favoravelmente à proposta de emenda à Constituição (PEC 89/2007) que mantém a CPMF em troca da promessa do governo de reduzir anualmente, até 2011, o percentual da DRU sobre os recursos constitucionais destinados à educação.

- Caso isso não aconteça e para que eu não pareça ingênuo em aceitar a promessa do governo, conforme já me advertiram até em e-mails, afirmo que não me candidatarei mais a senador caso este entendimento não seja cumprido - ameaçou.

Cristovam também criticou o uso do programa Bolsa-Família pelo governo somente para assistência social, distanciado de sua proposta inicial voltada para a educação, quando era denominado programa Bolsa-Escola e vinculava a distribuição de uma remuneração básica a famílias carentes que mantinham seus filhos na escola.

- Hoje essa proposta fracassou, o Bolsa-Escola virou Bolsa-Família e, agora, é medida assistencialista - disse o senador.

Embora criticando o Bolsa-Família, Cristovam disse que irá votar pela prorrogação da CPMF também por entender que os recursos destinados às famílias pobres dependem da arrecadação do imposto sobre o cheque.

- Não quero ficar com a pecha de ter retirado dinheiro de 40 milhões de famílias pobres e temo que o Senado seja considerado culpado caso a CPMF não seja aprovada - concluiu.



03/12/2007

Agência Senado


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