Dobradinha brasileira no ciclismo de montanha no Chile



O Brasil dominou a prova masculina de ciclismo de montanha nos Jogos Sul-Americanos disputada neste sábado (15), em Santiago, no Chile. Com um eficiente trabalho de equipe, Henrique da Silva conquistou a medalha de ouro com o tempo de 1h24min37, e Rubens Donizete a prata (1h24min51). O argentino Andres Soto completou o pódio (1h25min13). Antes, no feminino, Raíza Goulão assegurou o segundo lugar com 1h29min05. A vitória foi de Agustina Apaza, da Argentina ((1h26min22). Angela Sierra, da Colômbia, foi a terceira colocada (1h29min26).

Os brasileiros fizeram uma prova de recuperação. Na primeira volta, Henrique passou em quinto lugar. Depois de ganhar duas posições, o carioca de 24 anos assumiu o primeiro lugar na terceira passagem. Na penúltima volta, ele perdeu a colocação para o compatriota Rubens, mas recuperou a primeira colocação para cruzar a linha de chegada.

“É a primeira vez que represento o Brasil nos Jogos Sul-Americanos, e esse resultado é muito importante neste início de ciclo olímpico. Fico muito feliz por termos conquistado o ouro e a prata para o Brasil. É uma prova do bom trabalho que estamos fazendo individualmente, e serve também para pleitear mais incentivo e apoio”, disse Henrique, que está retornando ao País após três anos morando e treinando na Itália, e ocupa o 15º lugar no ranking mundial.

Donizete também começou a prova atrás. O atleta mineiro se manteve na quarta colocação nas duas primeiras voltas. Na terceira e quarta passagens manteve-se em segundo lugar, até liderar e ser ultrapassado por Henrique.

“Na última volta, na subida do percurso, senti câimbras nas pernas, mas não desisti. Este percurso é muito intenso e fiquei feliz pelo resultado. Nos Jogos Sul-Americanos de 2010, na Colômbia, conquistei a medalha de prata e agora consegui repetir o resultado. Fiz um trabalho forte para buscar o argentino na terceira volta. Todo o trabalho está sendo voltado para os Jogos Olímpicos de 2016”, disse o ex-pedreiro Rubens.

No início da carreira, o mineiro de 34 anos trabalhava como pedreiro durante o dia, e com a indenização da firma que o demitiu, comprou uma bicicleta e começou a treinar. Com o salário do novo emprego, passou a pagar a inscrição das provas, passagens e hotel. Foi assim de 95 até 2002, quando conseguiu seu primeiro patrocínio. De lá para cá, Rubens já representou o país nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e Londres 2012, e tem também no currículo a medalha de prata nos Pan-Americano do Rio 2007. “Tive muita perseverança para não desistir”, ressaltou o Rubens.

Tatuagem da fé

“Andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar”. A frase tatuada nas panturrilhas da goiana Raíza Goulão mostra que ela não desiste tão fácil.

“Estou muito feliz com o resultado. Perdi muito tempo na largada Esperei o momento certo para ultrapassar a atleta da Colômbia. Era para ter passado já na quarta volta, mas sofri a queda. Dedico este título aos meus pais Carlos (Tatu) e Venúzia que ficaram no Brasil torcendo de longe por mim, e toda a minha equipe”, disse Raíza, que disputa seu primeiro ano na elite. Até 2013, ela participava dos campeonatos sub-23, na qual, foi bicampeã pan-americana, bicampeã brasileira e sexta colocada na Copa do Mundo, no Canadá, em agosto do ano passado.

O Brasil ainda contou na competição com Isabela Moreira que, na primeira volta, chegou a ocupar segunda posição. Porém, logo depois, o pneu de sua bicicleta furou e ela acabou em sexto lugar, com 1h34min30.

Fonte:
Ministério do Esporte



16/03/2014 14:30


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