Hartung rebate líder do governo na Câmara



As afirmações do líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), contrárias ao projeto que corrige em 28,4% a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), provocaram uma reação indignada do autor da proposta, senador Paulo Hartung (PPS-ES).

- As críticas que fazem ao projeto são desonestas e pouco esclarecedoras. O líder do governo sabe muito bem que, como autor do projeto, nunca me faltou disposição para o diálogo e que, para acelerar a discussão, já concordei até em alterar o ano base de 2000 para 2001 - revelou o senador.

Hartung não concordou com os argumentos de que a proposta é inconstitucional e beneficiaria quem ganha altos salários, lembrando que o presidente Fernando Henrique admitiu a necessidade de correção no imposto de renda. Para o senador, a liderança do governo apresenta seguidos argumentos contrários à aprovação do projeto para protelar indefinidamente a correção da tabela.

O senador também rejeita o argumento de que há outras 83 matérias com pedido de urgência na Câmara e que, por isso, o seu deveria entrar na fila. Segundo ele, Madeira está pressionando o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), para adiar a votação do pedido de urgência para o projeto.

O expediente, na opinião de Hartung, é mais uma tentativa de usar o regimento interno da Câmara para manter a tabela congelada por mais um ano.

- Essa posição do líder é um contra-senso à manifestação do próprio presidente Fernando Henrique sobre o imposto de renda, que disse aos seus líderes que o país estava diante de uma situação que precisava ser revista - insistiu Hartung.

06/04/2001

Agência Senado


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