Heráclito diz que chegou a hora de corrigir erros no Conselho de Ética



O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que também integra o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, disse nesta quinta-feira (5) que "chegou a hora de corrigir os erros". Ele declarou que manteve-se em silêncio, como um observador dos acontecimentos, sem emitir opinião sobre o processo envolvendo o presidente do senado Renan Calheiros, porque terá que atuar como juiz, e "julgador não fala, vota".

Ressaltando que a indicação para assumir uma vaga no Conselho de Ética está longe de ser um prêmio, sendo mais uma responsabilidade e um ônus para qualquer parlamentar, Heráclito lembrou que o conselho ainda não teve a oportunidade de analisar os fatos e julgar. Ele disse que as reuniões realizadas foram para eleger e substituir presidente, escolher e substituir relatores, e que a "opção inovadora de um triunvirato" deixa dúvidas quanto à sua eficácia.

- Fica a impressão de que, mais uma vez, vamos errar nessa questão - afirmou.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que o Conselho de Ética poderá proceder com correção adotando a comissão de três relatores. Para ele, a comissão poderá realizar um trabalho equilibrado pois os relatores representam segmentos e, além disso, a responsabilidade é tão grande que essa poderá ser a solução adequada.

Heráclito criticou o que chamou de partidarização do conselho e da investigação. Ele indagou se um terço do senador Renato Casagrande (PSB-ES) será melhor que um inteiro e afirmou que "o erro está na maneira como o processo está sendo conduzido".

Renato Casagrande disse, em aparte, que o Senado começou, a partir de quarta-feira (4), a responder à sua própria crise. Ele assinalou que aceitou novamente o convite para ser relator como uma missão.

- Ontem [quarta] mesmo nos reunimos com o senador Leomar Quintanilha [(PMDB-TO), presidente do Conselho de Ética] e começamos a sanear o processo. Encaminhamos documento para que o PSOL e o presidente Renan apontem quesitos para a investigação da Polícia Federal. Vamos analisar o processo com justiça para resgatar a credibilidade do Senado - concluiu.



05/07/2007

Agência Senado


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