Otomar diz que chegou hora do Rio Grande deixar de ser só esperança



O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Otomar Vivian (PPB), disse hoje na sua palestra comemorativa ao 40º aniversário de criação do Centro Tecnológico da Universidade de Santa Maria (UFSM), que o Parlamento gaúcho deposita enormes esperanças no trabalho que vem sendo realizado pela Comissão de Desenvolvimento Regional, da Assembléia. “É hora de nos unirmos em torno de um projeto comum, que possa trazer para nossa gente um choque de oportunidades semelhante a que temos observado nos países, estados e regiões que mais crescem e se desenvolvem mundo afora. É hora de trazermos, para todos os gaúchos, um cenário de prosperidade e riqueza que seja muito mais do que apenas uma esperança não realizada”, afirmou. Para ele, a construção de uma agenda de consenso, capaz de superar as idiossincrasias ideológicas, é a solução para a definição de um projeto que seja o melhor para o Rio Grande. É esta proposta, denominada de “Pacto pela Prosperidade”, que vem sendo defendida pela Assembléia Legislativa, através da Comissão de desenvolvimento Regional. Em sua manifestação ao vice-reitor da UFSM, Clóvis Lima, à diretora do Centro Tecnológico (CT), Nilza Zampieri, aos professores e alunos do CT, o presidente da Assembléia afirmou que no seu entendimento, o processo de desenvolvimento econômico e social, seja no Rio Grande do Sul ou no resto do mundo, está fundamentado em alguns “fatores-chaves”. O primeiro deles é uma educação de alta qualidade, em todos os níveis de ensino: fundamental, médio e superior. O segundo, uma boa infra-estrutura que envolva as áreas de transportes, telecomunicações, energia e logística. E a última, uma política econômica consistente com o desenvolvimento, onde exista pouca burocracia, estrutura tributária enxuta e simples, e incentivos fiscais e financeiros para os investidores. Para o deputado Otomar Vivian, os recursos para a realização de investimentos para o alcance desses pré-requisitos está na atração de investimentos externos, uma vez que o Rio Grande não consegue ter uma geração suficiente de poupança, seja ela pública ou privada. “Foi o que a Irlanda fez e deu certo, mesmo possuindo área um quarto menor que a nossa e um terço da população gaúcha”, declarou. Segundo Otomar, o Rio Grande do Sul tem na montadora da General Motors, uma exemplo dos benefícios que podem ser gerados pela entrada do capital externo. “Dados que nos chegaram às mãos dão conta de que a prefeitura de Gravataí, após a instalação da GM, passou de uma arrecadação anual, em 1996, de R$ 30 milhões, para uma expectativa, em 2000, três vezes maior, ou seja, R$ 90 milhões”, disse o presidente da Assembléia. Esse crescimento, segundo ele, representa mais oportunidades de negócios, mais investimentos públicos e mais bem estar social. “É isso que queremos ver acontecer em todas as regiões e em todos os municípios do Rio Grande do Sul”, concluiu.

09/11/2000


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