Iris de Araújo pede ao governo que promova o crescimento



A senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) juntou-se nesta segunda-feira (21) a todos aqueles que apelam diariamente para que o governo federal -passe a colocar em prática, imediatamente, todas as medidas necessárias ao crescimento do Brasil e ao bem-estar dos brasileiros-. Para ela, não há mais justificativa para que a taxa de juros permaneça -na estratosfera-.

- O mercado já está tranqüilo em relação à austeridade e à seriedade do governo. A inflação está controlada. O IBGE, inclusive, registrou deflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA), a primeira desde novembro de 1998. É hora, portanto, de reduzir os juros de forma significativa. Essa é uma condição fundamental para que o crédito volte a circular e a economia brasileira volte a crescer - assinalou.

A senadora observou que pesquisas recentes mostram que a avaliação positiva do governo vem caindo, enquanto que a popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mantém-se em níveis estáveis. A mensagem transmitida ao Palácio do Planalto, disse a senadora, é que, embora esteja insegura com a atuação da equipe do governo, a sociedade ainda tem confiança na figura do presidente Lula e acredita em sua capacidade de colocar o Brasil novamente nos trilhos do desenvolvimento.

O senador Leomar Quintanilha (PFL-TO) afirmou que a burocracia deve ser menor e ficar restrita às funções públicas e deixar para o setor produtivo a tarefa de criar es empregos necessários. Segundo ele, o setor produtivo não tem como expandir suas atividades devido ao alto custo financeiro imposto pelas taxas de juros.

O senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que está como São Tomé:

- Não estou acreditando, porque no meu entender o emprego só existe com o crescimento econômico e quem está crescendo são os mesmos da última década: os banqueiros - afirmou.

Mão Santa disse ainda que Jesus Cristo fez discursos mais bonitos do que os do presidente Lula, mas também apresentou resultados, -fez cego ver, mudo falar e surdo ouvir-. Ele ressaltou que -é preciso resultados-.

Iris de Araújo disse que não é só a economia que precisa de um choque administrativo e apontou setores como a segurança pública, a educação, a agricultura e a moradia como áreas que necessitam de mais estímulo e mais recursos. Ela lembrou e sugeriu ao presidente da República a experiência dos mutirões em Goiás, no início da década de 80.

- Em Goiânia, foram mil casas erguidas em um único dia. Foi uma realização que repercutiu positivamente em todo o país e se tornou referência nacional quando o assunto é organização popular - afirmou.



21/07/2003

Agência Senado


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