Jader pede cópia de relatório do BC sobre Banpará



O presidente do Senado, Jader Barbalho, solicitou nesta terça-feira (dia 6) ao Banco Central (BC) cópia de relatório sobre irregularidades no Banco do Estado do Pará (Banpará), no qual seu nome seria mencionado, para que possa defender-se das acusações que vêm sendo divulgadas pela imprensa.

- Se esse relatório existe, tem que aparecer. Como posso me defender de um documento que não conheço? Preciso ter conhecimento disso, não só como homem público, mas como cidadão - afirmou.

Jader informou ter requerido também que o suposto relatório seja encaminhado ao Ministério Público do Pará, "a autoridade cabível para apreciar se há alguma acusação de ilícito em relação ao patrimônio em meu estado", e manifestou estranheza por ver o episódio ressurgir depois de o BC ter atestado, em 1996, não haver "absolutamente nenhum registro" em relação ao seu nome.

- Eu deveria ter o direito de saber do que estou sendo acusado, assim como qualquer um de vocês - disse aos jornalistas - e esse é o meu único constrangimento, e é como cidadão, não como presidente do Senado.

O senador reconheceu como sua a assinatura em um cheque divulgado pela imprensa, mas observou que isso não prova nada errado. "Quem utiliza a rede bancária e tem talão, emite cheques, mas daí a se dizer que é produto de irregularidade, é preciso a pessoa saber efetivamente do que está sendo tratado, e vocês hão de convir que eu tenha dificuldade de falar de um episódio ocorrido há 17 anos, sobre uma acusação da qual ainda não tenho conhecimento".

Jader garantiu não ter tocado no assunto em seu encontro com o presidente Fernando Henrique:

- Conversamos sobre as medidas que o presidente pretende anunciar ao país. Ele está preocupado em fazer crescer os investimentos na área social e as possibilidades de emprego, e muito otimista com o desemprenho da economia. Face ao desenlace de Mário Covas, o anúncio (das medidas) passou para a semana que vem - informou.

Molina

O presidente do Senado confirmou a presença do foneticista Ricardo Molina no Senado na quinta-feira (dia 8) para prestar depoimento à comissão que investiga a vulnerabilidade do painel eletrônico, mas disse que a vinda do procurador Luiz Francisco de Souza ainda não está agendada. Molina deverá trazer uma degravação da fita que lhe foi entregue, e que conteria diálogo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com três procuradores no qual o assunto é tratado.

06/03/2001

Agência Senado


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