Jefferson diz ter condições de apresentar na quarta-feira relatório sobre representação contra Renan



O senador Jefferson Péres (PDT-AM) disse nesta quinta-feira (8) que se sente em condições de apresentar no dia 14 de novembro, quarta-feira, seu relatório sobre a terceira representação contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) - a que trata de suposta sociedade secreta entre Renan e o usineiro João Lyra em duas rádios e um jornal.

Jefferson ressalvou que só não fará a leitura do seu parecer no dia 14 se o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), preferir marcar a reunião do colegiado para o dia 20. A assessoria de Quintanilha disse, por sua vez, que a data da leitura será a que Jefferson escolher, o que aponta para o dia 14 como a data mais provável para a apresentação do relatório da representação movida pelo PSDB e o DEM com base em denúncia de Lyra à revista Veja.

- Com os depoimentos que tenho e os próximos, mais a documentação que estou examinando, já posso apresentar minhas conclusões - afirmou Jefferson.

O relator disse que se beneficiou em boa parte do depoimento prestado por Lyra ao corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), tendo ouvido depois mais duas testemunhas: o juiz federal Marcelo Tadeu de Oliveira, que acusa Lyra de ser autor intelectual de um assassinato, e o economista José Amilton Barbosa dos Santos, contador de O Jornal, uma das empresas da suposta sociedade secreta.

No dia 13 pela manhã será ouvido o governador de Alagoas e aliado político de Renan, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Outros três depoimentos poderão ser colhidos: o do empresário Nazário Pimentel, que teria vendido o grupo de comunicação a Renan e Lyra; o do funcionário do gabinete de Renan Carlos Santa Rita; e de Sérgio Ferreira, residente em Aracaju, que se apresentou a Jefferson como conhecedor das operações do usineiro.

O depoimento desses três ainda não está confirmado. Já o empresário José Queiroz de Oliveira informou que não prestará depoimento. O relator continua aguardando as respostas ao questionário que enviou ao empresário e primo de Renan, Ildefonso Tito Uchoa, acusado por Lyra de ser um dos testas-de-ferro da suposta sociedade. O outro seria Santa Rita.

A segunda representação, que trata de suposto tráfico de influência em benefício da cervejaria Schincariol, e a quarta, que trata de um suposto esquema de fundos com verbas de ministérios comandados pelo PMDB, relatadas pelos senadores João Pedro (PT-AM) e Almeida Lima (PMDB-SE), não têm data para serem examinadas. A quinta representação, que trata de uma suposta tentativa de espionagem, a mando de Renan, dos senadores Marconi Perillo (PMDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO), ainda não tem relator.

08/11/2007

Agência Senado


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