Wellington quer encerrar representação do PSOL contra Renan Calheiros nesta quarta-feira



O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), relator ad hoc, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, da representação do PSOL contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou na manhã desta quarta-feira (20) que quer votar nesta tarde o relatório de autoria do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que pede o arquivamento da representação por falta de provas. 

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- Vou apresentar meu voto na reunião desta tarde e quero encerrar essa questão. Mas cabe ao Conselho decidir se quer votá-lo ou não - afirmou Wellington.

A representação do PSOL foi baseada em denúncia da revista Veja. Na matéria, a revista acusa Renan de ter parte de suas despesas pessoais pagas pelo funcionário da Mendes Júnior Cláudio Gontijo.

Escolhido na noite desta terça-feira (19) para substituir temporariamente Cafeteira, que se encontra de licença médica, Wellington afirmou que está ciente de que, como relator ad hoc, não pode alterar o parecer já lido por seu colega do Maranhão. No entanto, o senador por Minas Gerais deixou claro que pode complementar o parecer e manifestou a opinião de que o objeto da representação já foi respondido.

- Na minha opinião, está comprovado que Renan tem condições financeiras para pagar a pensão da filha. Por esse motivo, devemos votar e encerrar essa questão. Mas se a fonte de renda está sendo contestada, esse é um outro problema - afirmou Wellington.

O senador por Minas Gerais disse também ser favorável à continuidade das investigações sobre as novas denúncias, de que Renan estaria apresentando notas fiscais frias para comprovar seus rendimentos como pecuarista.

- Se existe a possibilidade de as notas fiscais serem frias, que isso seja investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pela Receita Federal e por outros órgãos competentes, e qualquer outro partido que quiser, que apresente uma nova representação para investigar esse fato - explicou o relator.

Perícia

Com relação à perícia realizada pela Polícia Federal e pelo diretor da Secretaria de Controle Interno do Senado, Shalom Einstoss Granado, de que há necessidade de mais investigação nos documentos apresentados por Renan ao Conselho de Ética, Wellington deixou claro que ela não é conclusiva e, portanto, não defende e nem condena o presidente do Senado.

- Ela apenas indica que é preciso continuar a investigação - acentuou o relator. 



20/06/2007

Agência Senado


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