MESA E LÍDERES ENVIAM DOCUMENTOS DE ACM E JADER A CONSELHO DE ÉTICA E AO MP



As notas taquigráficas dos discursos dos senadores Antonio Carlos Magalhães e Jader Barbalho (PMDB-PA) e os documentos entregues à Mesa pelos dois senadores, no dia 5, quando trocaram acusações no plenário, serão enviados ao Conselho de Ética do Senado e à Procuradoria Geral da República. A decisão foi tomada em reunião conjunta da Mesa e dos líderes partidários e comunicada nesta terça-feira (dia 11) ao plenário pelo senador Geraldo Melo (PSDB-RN), no exercício da presidência.
Participaram da reunião os líderes partidários Edison Lobão (PFL-MA), José Alencar (PMDB-MG), Leomar Quintanilha (PPB-TO), Arlindo Porto (PTB-MG), Sérgio Machado (PSDB-CE), Paulo Hartung (PPS-ES), Roberto Saturnino Braga (PSB-RJ) e Heloísa Helena (PT-AL) e o líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF).
Tanto Antonio Carlos quanto Jader entenderam que não deveriam participar das reuniões em que o problema foi abordado, esclareceu Geraldo Melo. Antonio Carlos delegou ao vice-presidente do Senado a condução dos trabalhos relativos a temas da discussão que travou com Jader Barbalho em plenário.
Geraldo Melo relatou que, em uma primeira reunião, a Mesa decidiu incluir na ordem do dia desta terça-feira requerimento do senador Roberto Freire (PPS-PE) pedindo encaminhamento das notas taquigráficas da sessão do dia 5 ao Conselho de Ética e ao Ministério Público. Em seguida, relatou Melo, a Mesa solicitou reunião com os líderes partidários, quando ficou decidido que as notas taquigráficas e os documentos anexados por Antonio Carlos e Jader constituíam um processo único, a exigir despacho oficial da Mesa, independentemente do requerimento de Roberto Freire. Com a decisão, os documentos foram remetidos nesta terça-feira ao Conselho de Ética e ao Ministério Público, prejudicando a apreciação em plenário do requerimento de Freire.
Ao elogiar o encaminhamento do assunto pela Mesa, Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu que, como Antonio Carlos e Jader se declararam favoráveis a uma apuração rápida, deveriam licenciar-se dos cargos exercidos: a presidência do Senado e a liderança e presidência do PMDB. Na discussão travada no dia 5, Jader instou Antonio Carlos a se licenciar da presidência, lembrou Suplicy, que, para assegurar tratamento equitativo, propôs que Jader tomasse posição idêntica enquanto os fatos estão sendo apurados.

11/04/2000

Agência Senado


Artigos Relacionados


Presidente interino envia documentos de Jader ao Conselho de Ética

ACM ENVIA NOVOS DOCUMENTOS SOBRE JADER AO CONSELHO DE ÉTICA

Conselho de Ética entrega à Mesa pedido para que PF conclua perícia sobre documentos de Renan

MELO ANUNCIA RESULTADO DA REUNIÃO DA MESA QUE ANALISA DOCUMENTOS DE ACM E JADER

CONSELHO DE ÉTICA DECIDE CENSURAR ACM E JADER

CONSELHO DE ÉTICA EXAMINA DOSSIÊS DE ACM E JADER