Mesquita Júnior diz que PT quer assombrar o povo e pede honestidade no debate eleitoral




O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) cobrou nesta quinta-feira (14) honestidade dos candidatos no debate que antecede o segundo turno das eleições majoritárias, previstas para o próximo dia 31. Em pronunciamento no Plenário, ele rechaçou o "velho artifício" de apavorar o povo brasileiro, que, conforme disse, está atento a propostas que possam respaldar a melhor escolha.

- O povo brasileiro tem discernimento, sabe o que está acontecendo. Esse já é um filme passado no país. Já vimos isto: introduzirem o medo, o pavor nas pessoas, pintarem o adversário quase de bandido, quase de traidor da pátria. Pelo que a gente observa, isso não está pegando, porque o povo brasileiro não é chegado a esse tipo de baixaria - afirmou.

Mesmo assim, conforme o parlamentar, a propaganda eleitoral do Partido dos Trabalhadores tenta transmitir a idéia de que "o Brasil surgiu em 2002 e que, sem o PT no poder, entraremos num tsunami de caos". Para o senador, o PT - que no passado defendia com ênfase a alternância no poder como base do processo democrático - hoje mostra uma prática diferente.

- É esse mesmo partido que hoje assombra a população, pregando o caos político e administrativo, caso não continue no poder - afirmou.

O senador lamentou as mentiras e ofensas veiculadas no horário eleitoral e deu um exemplo: o PT abriu um processo para expulsar o deputado federal Henrique Afonso (AC), que, por ser evangélico, posicionou-se contra a descriminalização do aborto. Agora o PT, segundo Mesquita Júnior, tenta negar esse fato.

- Por que mentir sobre um fato deste no programa eleitoral? - questionou.

Em aparte, a senadora Fátima Cleide (PT-RO) esclareceu que a saída do deputado acreano do PT se deu pela forma como ele fez a discussão sobre o aborto - de forma pública e "desrespeitosa para com seus companheiros de partido no Parlamento".

Mesquita Júnior disse ter levado o assunto a debate apenas para "pontuar a questão da mistificação". Ele lamentou que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tente se desvencilhar de um assunto que deveria tratar com muita sinceridade no programa eleitoral e na campanha política.

- Não vejo por que, numa hora, ter uma posição e, noutra hora, mistificar aquela posição - ponderou o parlamentar do PMDB.



14/10/2010

Agência Senado


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