Paim considera evasão escolar no Brasil preocupante



Em discurso nesta quinta-feira (24), o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que a evasão escolar no Brasil é preocupante. Ele disse que a taxa de abandono escolar atingiu 24,3% em 2012, segundo pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

- Historicamente, a escola brasileira tem se mostrado, infelizmente, ainda pouco eficaz em manter a criança e o adolescente na sala de aula – disse o senador.

Paim ressaltou que a porcentagem de abandono escolar no Brasil "é muito grande” se comparada com países vizinhos, como Chile (2,6% de evasão), Argentina (6,2%) e Uruguai (4,8%). A evasão brasileira também é superior a de países como Bósnia e São Cristóvão e Nevis, disse o senador.

Embora tenha havido avanços na última década, ponderou o senador, o país ainda está longe de cumprir o preceito constitucional de que a educação pública tem que promover “o pleno desenvolvimento do educando bem como seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho”. E esse é um dos motivos da alta taxa de evasão escolar, na interpretação de Paim.

- Em termos de qualidade, a educação brasileira tem se mostrado ainda distante daquilo que todos nós gostaríamos. Exames internacionais têm repetidamente mostrado que os estudantes brasileiros, ainda no contexto internacional, estão longe daquilo que todos nós gostaríamos – acrescentou.

Pesquisa do IBGE de 2011, mencionou Paim, mostrou que 23,6% dos jovens entre 15 e 17 anos não estudavam e que 70,2% dos que abandonavam os estudos o faziam antes de chegar ao ensino médio.

Um dos problemas, na interpretação do senador, é a dificuldade de os estudantes conciliarem trabalho e estudo, já que 33,8% dos alunos brasileiros também trabalham.

Paim também citou o estudo Motivos da Evasão Escolar, promovido pela Fundação Getúlio Vargas em 2009. Segundo a pesquisa, as principais razões para o abandono dos estudos são a dificuldade de acesso à escola, a necessidade de trabalhar e gerar renda e a falta de interesse do aluno.

Para o senador, uma das saídas é transformar a escola em uma instituição mais próxima da comunidade e da família dos estudantes e reformular o currículo para que prepare os estudantes para o mercado de trabalho e para “os desafios da vida adulta”.



24/10/2013

Agência Senado


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