Para Garibaldi, Jorge Viana no Ministério do Meio Ambiente daria mais sustentação política ao governo



O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, considera a possibilidade de o ex-governador do Acre Jorge Viana substituir Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente uma opção com maior capacidade de dar sustentação política ao governo. Ele deu essa informação ao chegar ao Congresso e ser indagado sobre a volta da ministra para o Senado.

- O Congresso só tem a ganhar com a volta de Marina Silva, que é, internacionalmente, uma das mais respeitadas vozes em defesa do meio ambiente.

Perguntado sobre a sua opinião sobre os nomes que estão sendo cogitados, de Carlos Minc (secretário de Meio ambiente do Rio de Janeiro) e de Jorge Viana (presidente da Helibrás) para substituir Marina Silva, Garibaldi disse considerar os dois nomes bons, mas que Jor Viana daria maior sustentação política ao governo, porque é um nome regional.

- Carlos Minc é mais uma escolha técnica. Jorge Viana é mais uma escolha política - destacou Garibaldi.

- A saída de Marina Silva do governo não prejudica a imagem do Brasil no exterior? - perguntaram ainda.

- Desde que o governo possa substituí-la por um nome à altura, que não dê margem a comentários negativos, isso será superado, a despeito do grande conceito da ministra. Esse hoje é um conceito que não se limita aos fóruns nacionais, mas vai até mesmo aos internacionais, no que toca a sua luta pela preservação do meio ambiente.

Na opinião do presidente do Senado, a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente já era um fato esperado, em virtude de divergências dentro do próprio governo, divergências que, por algum tempo, foram admitidas como naturais, mas depois se tornaram insuperáveis.

Indagado se o próximo ministro se deterá sobretudo a "apagar incêndios", Garibaldi afirmou que isso seguramente ocorrerá. Em sua opinião, o ministro substituto vai contribuir para o reflorestamento e para amenizar o impacto que os gases poluentes estão causando ao meio ambiente. "O novo ministro vai fazer muito coisa", disse ele.

Indagaram-lhe também como será tratada a questão do suplente, agora que Marina Silva volta ao Senado. Pelas normas vigentes, Sibá Machado ((PT-AC), que exerce o mandato durante a licença da senadora acreana, volta à condição de suplente.

- No momento, infelizmente, não há nada a fazer além de desconvocar Sibá, o que dará uma tristeza muito grande a todos nós, que temos um apreço muito grande por ele.

- O sernho não acha que é preciso mudar as regras de suplente, já que a grande maioria dos senadores não foi eleita pelo voto direto?

- Que é preciso mudar, é. Está aí um projeto de mudança que precisa avançar, ser aprovado, ser sobretudo votado e ser aprovado. Mas, aqui, às vezes, temos a faca e o queijo na mão para resolver as coisas e não resolvemos - afirmou.



14/05/2008

Agência Senado


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