Pavan reafirma necessidade de renovar contratos emergenciais



O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Ivar Pavan (PT), estranhou as declarações do delegado Regional do Ministério da Agricultura, Flávio Vaz Neto, expressas na reunião da Comissão de Agricultura desta segunda-feira, dia 18/03. No encontro, os deputados analisaram os contratos emergenciais do Estado para o combate e prevenção à febre aftosa.

O delegado disse que está preocupado com as ações do governo estadual e adiantou que o Ministério da Agricultura pretende contratar 650 profissionais para atuar na vigilância sanitária animal em todo o país. "Esta intenção do governo federal veio tardiamente e não passa de demagogia", criticou Pavan, lembrando que este é um ano eleitoral e, portanto, não haveria tempo hábil para a pretensa contratação dos aprovados.

As contratações emergenciais efetuadas pela administração estadual, conforme explicou o líder do governo, decorreram do sucateamento do quadro de servidores e da constatação de febre aftosa no rebanho gaúcho. "O governo federal desconsiderou os sucessivos alertas feitos pelo Executivo Estadual e não repassou em 1999 e 2000 os recursos necessários para o setor, descumprindo, assim com sua obrigação. De toda forma, acrescentou Ivar Pavan, o governo estadual disse que foi um sucesso a vacinação e que o rebanho esta protegido.

O serviço de vigilância sanitária animal do governo do Estado continua, especialmente na fronteira com a Argentina. A Secretaria da Agricultura e Abastecimento dispõe de equipes de fiscalização, bem como seis barcos de vigilância no Rio Uruguai para a realização deste serviço, que é de extrema importância para a pecuária gaúcha. O objetivo é preservar a sanidade do rebanho gaúcho. "A febre aftosa é coisa do passado. Precisamos evitar qualquer tipo de risco", disse Pavan, adiantando que o governo estadual está remetendo uma emenda ao Legislativo estadual autorizando a prorrogação dos contratos emergenciais de 30 veterinários e 300 auxiliares de serviços rurais, até dezembro de 2002 para trabalhar no combate à febre aftosa e manter os serviços de inspeção e fiscalização.

Ivar Pavan também lamentou o fato de o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, não reconhecer as ações do governo estadual e, sobretudo impedir a visita da Missão Européia, ao Rio Grande do Sul. Esta veio ao Brasil verificar in loco a situação dos bovinos, a fim de voltar a autorizar as exportações. "E estiveram em Santa Catarina, mas não puderam pisar em solo gaúcho", assinalou ele, para quem a Europa é um dos nossos principais mercados importadores.

Mesmo assim, o Executivo estadual está ampliando a vacinação e mantendo as barreiras sanitárias para garantir maior segurança ao rebanho gaúcho. “A vacinação no Rio Grande do Sul obteve um excelente índice de cobertura vacinal durante a primeira fase da campanha. Agora, nesta última etapa, a expectativa é de que o controle se mantenha ou mesmo supere o nível obtido anteriormente, quando 98% do rebanho foi protegido”, observou o petista.

Para ele, esta é a fase final de um processo que está sendo concluído com êxito, apesar das dificuldades e restrições impostas pelo Ministério da Agricultura. “A ação rápida e eficaz do governo gaúcho evitou que a doença se espalhasse no Estado, como se verificou nos países vizinhos”.


03/18/2002


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