Prioridade do Brasil no Haiti é fortalecer sistema local de saúde, afirma ministro



Em visita ao Haiti nesta quarta (1), com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a prioridade da pasta é contribuir para o fortalecimento do sistema de saúde local. O governo brasileiro chefia a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) e intensificou o apoio depois do terremoto de janeiro de 2010.

Foram garantidos R$ 135 milhões destinados a operações de assistência especial no exterior e assistência humanitária ao Haiti, em iniciativas voltadas para saúde, agricultura e defesa. Do total, R$ 69,6 milhões foram executados em 2011. Para 2012, estão comprometidos mais R$ 6 milhões.

“O envolvimento do Ministério da Saúde com o Haiti vai muito além da assistência médica”, assegura o ministro Alexandre Padilha, enfatizando que o objetivo maior é contribuir para o fortalecimento do sistema local. “Nosso objetivo agora é ajudar na reestruturação do sistema de saúde haitiano, respeitando a soberania do povo do Haiti”, explica, lembrando que a colaboração do Brasil responde a uma série de demandas feita ao governo brasileiro pelo Ministério de Saúde Pública e da População do Haiti.

Entre as ações coordenadas pelo Brasil está a construção de quatro unidades de saúde: três Hospitais Comunitários de Referência (HCR) e um Instituto Nacional de Reabilitação (INR), além de capacitar médicos, agentes comunitários e técnicos em saúde do Haiti. O Brasil também financia a reforma de dois laboratórios de Saúde Pública parcialmente destruídos pelo terremoto.

Como um dos resultados do trabalho do governo brasileiro na qualificação da gestão assistencial e de vigilância epidemiológica, o Haiti deverá ter no primeiro semestre do ano uma campanha de vacinação massiva contra poliomielite, sarampo e rubéola.

No ano passado, o governo brasileiro entregou 30 ambulâncias e doou 300 toneladas de medicamentos para tratamento de cólera, além de vacinas para várias doenças. As ações do Ministério da Saúde são parte de um programa de cooperação trilateral envolvendo Brasil, Cuba e Haiti.

Imigrantes

No Brasil, o Ministério da Saúde autorizou em 19 de janeiro a transferência de R$ 1,3 milhão por ano, para reforçar a capacidade do estado do Acre de atender aos imigrantes haitianos nos serviços públicos de saúde. O recurso foi solicitado pelo governo do estado e foi incorporado ao limite financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar para garantir assistência aos imigrantes e evitar sobrecarga na rede do Sistema Único de Saúde.

 

Fonte:
Ministério da Saúde

 



01/02/2012 18:29


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