Projeto que regulamenta TV por assinatura ganha regime de urgência



Foi aprovado em Plenário nesta quinta-feira (30) requerimento para tramitação em regime de urgência do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 116/2010, que unifica a legislação sobre TV por assinatura no país. Com a medida, de iniciativa do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), o projeto entra na ordem do dia da sessão da próxima terça-feira (5).

A matéria, entretanto, só poderá ser apreciada após a votação do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 17/2011, originário da Medida Provisória (MP) 527/2011, que institui o regime diferenciado de contratações públicas (RDC) para licitações e contratos para a Copa do Mundo. Lido na sessão de quarta-feira (29), o projeto tranca a pauta de votações no Senado. Sua validade é até o dia 15 de julho.

O PLC 116/2010 chega a Plenário em clima controverso. Debatido em audiência pública conjunta de cinco comissões do Senado no último dia 16 de junho, o projeto encontra resistências de parte do setor de telecomunicações. Com dez capítulos e 43 artigos, a proposta trata do serviço de TV por assinatura como um todo, desde a emissão, transmissão e recepção, por qualquer meio eletrônico, das imagens até a programação e entrega do conteúdo aos assinantes.

Autor da proposta, o deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), licenciado da Câmara para exercer a função de Secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, acredita que o PLC vai adaptar a legislação brasileira ao atual mercado de informação, telecomunicação e inovação tecnológica. Alguns trechos, no entanto, provocaram divergências - a entrada das empresas de telefonia no mercado de TV a cabo, o fim das restrições ao capital estrangeiro e a criação de cotas para a produção nacional e regional na programação.

Enquanto algumas entidades, como a Associação Brasileira de Programadores de TV por Assinatura (ABPTA), ameaçam recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o projeto de lei seja aprovado, cineastas e produtores de TV estiveram no Senado esta semana para pedir apoio do presidente do Senado, José Sarney, para aprovação do projeto.

O argumento favorável ao projeto é de que ele amplia o mercado de TV por assinatura no Brasil, criando espaço para a exibição de filmes de conteúdo nacional, uma vez que garante um número determinado de horas semanais para isso. Já a crítica é de que, ao obrigar as cotas de programação nacional, a lei acabaria com as especificidades dos canais, um dos principais atrativos aos assinantes.

Na avaliação dos senadores, o PLC 116/10 vai ampliar a oferta do serviço de TV por assinatura no país, através da permissão para a operação das empresas de telecomunicações atuarem no setor e também aumentar as oportunidades de divulgação da produção nacional.



30/06/2011

Agência Senado


Artigos Relacionados


Urgência para projeto que regulamenta TV por assinatura será votada nesta quinta

Projeto que regulamenta TV por assinatura entra na pauta na terça-feira

Projeto que aprova o PNE será votado em regime de urgência

Projeto do Supersimples segue em regime de urgência no Plenário

CCT realiza reunião técnica com relator na Câmara de projeto que regulamenta TV por assinatura

Votação de projeto que regulamenta TV por assinatura fica para terça-feira