Raimundo Colombo aponta falta de credibilidade da classe política



Ao relatar ao Plenário, nesta terça-feira (3), as críticas e cobranças dirigidas ao Parlamento e à política brasileira em geral que tem ouvido em viagens que tem realizado ao interior de Santa Catarina, o senador Raimundo Colombo (DEM-SC) defendeu uma reforma política que seja capaz de reverter a impressão da população de "desmoralização, ineficiência e falta de resultados" em relação às instituições.

- Preocupa-me a gravidade da crise política que nós vivemos. Está ficando difícil andar na rua - afirmou.

Raimundo Colombo pregou um novo modelo de política, mais descentralizado, com mais participação da comunidade, como acontece nos municípios. Em sua opinião, a forma de tratar a política como um negócio é, em grande parte, responsável pelo desencanto da população com as instituições.

- Isso tem que servir como um alerta para nós todos. A política está muito desgastada, desmoralizada. As pessoas que a fazem estão começando a se contaminar e perder a sua credibilidade - disse.

Raimundo Colombo citou pesquisa realizada pelo Democratas que mostra que 1% dos brasileiros são partidários; 9% têm simpatia pelos partidos; 15% têm informações políticas; e 75% "não sabem, não querem saber e têm raiva de quem sabe".

O parlamentar pediu aos membros do Conselho de Ética que conduzam com compromisso e celeridade as investigações sobre denúncias que pesam sobre o senador Renan Calheiros, para que "o Senado possa legislar sobre o que realmente importa para o brasileiro".

Em sua opinião, a atitude do conselho, que na segunda-feira (2), remeteu o processo por quebra de decoro parlamentar à Mesa por supostos erros de tramitação, foi mais uma "ação atrapalhada" do órgão, um "ato de desmoralização". Ele se disse aliviado pelo fato de a Mesa ter mandado o processo de volta para o colegiado.

Requerimento de pesar

Raimundo Colombo apresentou requerimento de pesar pelo falecimento, no último sábado (30), aos 93 anos, do empresário Emílio Batistela e de sua esposa Filomena Batistela. Segundo o senador, Batisela, que ao longo de sua vida fundou 17 empresas em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, gerou cerca de 5 mil empregos e "promoveu o desenvolvimento do Sul do país".

O parlamentar contou que, curiosamente, a esposa de Batistela, Filomena, faleceu 15 minutos após a morte do marido. Colombo ressaltou que o casal tinha participação constante nas atividades da comunidade e que conquistou o respeito e a admiração de todos.



03/07/2007

Agência Senado


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