Raupp comemora liberação, pelo Ibama, de licença para construção das usinas do Rio Madeira



O líder peemedebista, senador Valdir Raupp (RO), comemorou em Plenário anúncio feito pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de liberação da licença ambiental necessária para a construção das duas usinas do Rio Madeira - Girau e Santo Antônio.

- A possibilidade de construir essas duas hidrelétricas, com capacidade de produzir quase 6,5 mil megawatts, é algo que devemos festejar intensamente - disse o senador, para quem a necessidade de crescimento do país e alternativas energéticas de pior qualidade que as hidrelétricas são razões pelas quais deve-se priorizar esse projeto.

De acordo com Raupp, se não houver novos atrasos no cronograma, a expectativa é de que as primeiras turbinas da Usina de Santo Antônio entrem em operação em meados de 2012. Ela ainda levará algum tempo, disse ele, para atingir sua capacidade máxima de geração.

Apesar de o Ibama ter apresentado 33 novas exigências para a emissão definitiva, as chamadas licenças de instalação, Raupp acredita que isso não irá alterar substancialmente os projetos, conforme avaliação dos engenheiros responsáveis pela obra. O senador citou, entre as principais exigências, a retirada do projeto das ensecadeiras, uma espécie de muro utilizado para manter seco o canteiro de obras; o controle de sedimentos do rio; a construção de canais para peixes; a implantação de centro de produção e monitoramento dos níveis de contaminação de mercúrio nas águas do rio.

O líder do PMDB espera que sejam discutidas e afixadas as regras do leilão para breve, de modo a encerrar o impasse que durou vários meses. Destacou ainda a habilidade do governo em administrar o conflito, tendo em vista a necessidade de aumentar a capacidade de geração de energia elétrica no país, levando-se em conta a preservação ambiental.

- Espero que agora não encontremos mais obstáculos para ver essas obras realizadas, tão necessárias para o país e para a Região Amazônica -disse o senador, que descartou a possibilidade de novo apagão energético em 2010, embora o Instituto Acende Brasil tenha sugerido pequeno aumento no risco de escassez de energia no período.

O senador disse que pretende voltar à tribuna para noticiar o leilão de venda de energia; a formação de consórcio das empresas que irão construir as usinas; e para anunciar o início das obras, previsto para 2008.



10/07/2007

Agência Senado


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