Sérgio Souza pede reflexão sobre minirreforma política



O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) pediu, em discurso no Plenário na noite desta quarta-feira (4), uma reflexão sobre a proposta de minirreforma eleitoral em debate no Senado. Na visão do senador, é um risco fazer “um remendo” na legislação eleitoral.

- Espero que esta chamada minirreforma seja em favor de dar oportunidade ao cidadão para escolher o melhor candidato, aquele que vai ser o melhor representante em 2014 – declarou.

Sérgio Souza disse que os senadores não podem deixar de fazer uma reforma profunda na política, refletindo a questão da existência, da necessidade e da forma de apresentação de um partido político. O senador apontou também que é preciso discutir a unificação de eleições e a obrigatoriedade do voto.

Diferente

Sérgio Souza, no entanto, demonstrou esperança de que 2014 seja um ano diferente. Na visão do senador, o cidadão brasileiro está mais responsável, ciente dos seus direitos e vai ter um voto mais consciente. Ele disse que já chegou a pensar que o cidadão brasileiro estava alienado e alheio às grandes causas.

- Mas, de repente, vejo a sociedade se levantar. A sociedade brasileira saiu, no ano de 2013, aos milhões, no mesmo dia, e foi às ruas para dizer que não está contente com o Legislativo e com o Executivo, em todos os níveis – declarou.

De acordo com o senador, já é possível perceber mudanças na forma de pensar do Legislativo e do Executivo, como consequência das manifestações populares. Ele acrescentou que, com o voto consciente do eleitor em 2014, será possível avançar ainda mais. Para Sérgio Souza, é preciso criar uma regra eleitoral que permita ao cidadão conhecer as propostas, e não o número ou a imagem do candidato.

- O eleitor tem que conhecer o que pensa o candidato e o que ele pretende fazer – disse o senador.

Sérgio Souza lembrou que já apresentou um projeto de lei (PLS 2/2012) que institui matérias como Moral e Ética, no ensino fundamental, e Ética Social e Política, no ensino médio. As disciplinas seriam uma forma de o estudante conhecer seus direitos, seus deveres, saber qual é a responsabilidade do seu representante, e, assim, ter condições de cobrar dos eleitos e exercer melhor sua cidadania.

Voto aberto

O senador ainda declarou apoio ao voto aberto no Congresso, mas manifestou preocupação com uma possível derrota da proposta no Plenário do Senado. Ele lembrou que já foi relator de algumas matérias que tratam do assunto, como a PEC 20/2013, sempre apresentando voto favorável.

- Entendo que nós estamos em um ponto da democracia em que nós não precisamos mais do voto secreto – afirmou.



04/09/2013

Agência Senado


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