Suplicy destaca sucesso do 13º Congresso de Renda Básica de Cidadania



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) destacou em Plenário o sucesso do 13º Congresso de Renda Básica da Cidadania (Bien, na sigla em inglês), realizado em São Paulo, que reuniu especialistas para tratar deprogramas de distribuição de renda e justiça social. Conforme o parlamentar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em audiência os 15 dirigentes da Bien, e explicou a eles que os programas sociais brasileiros atendem, em boa parte, os objetivos perseguidos por essa rede mundial de proteção social.

- Este foi o maior, o mais produtivo, o mais substancioso congresso da rede mundial da renda básica - disse Suplicy, que repercutiu a opinião dos fundadores da Bien, fundada em 1986, na Bélgica.

O senador observou que dos 198 trabalhos apresentados no congresso, que reuniu cerca de 500 participantes do Brasil e de 30 países, 40 deles tiveram por tema o Programa Bolsa Família.Esses trabalhos, relatou, destacaram-se por sua "excepcional qualidade", desafios a serem enfrentados para que o país caminhe na direção da implantação da rede básica de cidadania.

Ele salientou que a Lei 10.853/04, já sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê a implantação gradual da Renda Básica de Cidadania (RBC). Ela contemplaria 190 milhões de brasileiros com R$ 50 mensais incondicionalmente, o que significa independentemente de classe social, renda, sexo, idade e opção sexual.

Segundo Suplicy, o programa de governo da candidata do PT à Presidência da República sinaliza a possibilidade de transição do Bolsa Família para o RBC, e outros candidatos como Marina Silva, do PV, e Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL se mostraram sensíveis à ideia.

Uma das dificuldades dos programas sociais existentes, segundo Suplicy, é o controle sobre a renda dos beneficiários diante do alto grau de informalidade da economia brasileira. O parlamentar relatou ser comum ouvir queixas de pessoas que se consideram mais pobres que o vizinho, e alegam que esse recebe o benefício, enquanto elas afirmam não terem sido contempladas pelo programa. Na avaliação do senador, o Renda Básica de Cidadania, por ter caráter universal, contemplaria pobres e ricos. A pessoa de alta renda pagaria por sua própria renda ao pagar impostos mais altos.

- Transição de um sistema de transferência de renda para o outro é melhor para os pobres, pois elimina armadilhas de altos níveis de dependência do programa e estigmas. Será melhor para ricos, ao perceberem as vantagens dos valores e práticas de solidariedade - opinou.

O parlamentar mencionou diversas experiências exitosas como a da cidade brasileira de Santo Antônio do Pinhal (SP), do estado norte-americano do Alaska, da Namíbia, da Índia e outros países.



08/07/2010

Agência Senado


Artigos Relacionados


Eduardo Suplicy destaca implantação de renda básica de cidadania em Santo Antônio do Pinhal

Suplicy defende Renda Básica da Cidadania

Suplicy defende implantação da Renda Básica da Cidadania

Suplicy lê manifesto pela renda básica de cidadania

Suplicy defende implantação da Renda Básica de Cidadania

Josué de Castro foi um dos precursores da renda básica de cidadania, diz Suplicy