Suplicy propõe diálogo contra violência em manifestações



Citando as lições de Leon Tolstói (1828-1910), Mahatma Gandhi (1869-1948) e Martin Luther King Jr. (1929-1968) pela paz, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) repudiou a violência nos protestos de rua, atribuindo os atos a "alguns jovens", e chamou os movimentos sociais ao diálogo para garantir o caráter pacífico das manifestações. Ele expressou sua solidariedade ao coronel Reynaldo Simões Rossi, da Polícia Militar de São Paulo, espancado por manifestantes em ato no centro da capital paulista.

- O direito de manifestação, de realizar passeatas, de protestar é assegurado por nossa Constituição, mas quebrar coisas e veículos e destruir instalações do poder público ou da iniciativa privada não são direitos protegidos por nossa Constituição - declarou.

O parlamentar somou-se à disposição do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do governador do estado, Geraldo Alckmin, e da presidente Dilma Rousseff para dialogar com os movimentos sociais "de forma respeitosa, construtiva e democrática". Ele citou a redação da Constituição de 1988 como exemplo da importância do diálogo com pessoas que pensam de outras formas de modo a construir proposições que todos possam aceitar.

O senador repudiou as palavras do vereador de Piraí (RJ) José Paulo Carvalho de Oliveira, que teria declarado que mendigo "deveria até virar ração para peixe". Ele defendeu a renda básica de cidadania, lembrando que todos os brasileiros devem ter o direito de participar da riqueza da nação.

- Eis por que me coloco à disposição se quiser que eu vá a Piraí, para persuadi-lo de que há outros caminhos - afirmou.

Eduardo Suplicy também saudou o deputado Mendes Thame (PSDB-SP), presente à sessão. Em aparte, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que Mendes Thame - a quem conheceu na Assembleia Nacional Constituinte - "honra a vida pública brasileira".



29/10/2013

Agência Senado


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