Valdir Raupp defende pesquisa agropecuária brasileira



O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que a pesquisa agropecuária e florestal, objetivos maiores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), tem papel básico no desenvolvimento nacional, porque cria alternativas tecnológicas viáveis, estimula o desenvolvimento sustentável da agropecuária, concilia produção com preservação ambiental. Tudo isso são recursos estratégicos para o controle de uma eventual crise social e econômica, acrescentou o senador, que fez um balanço da agricultura brasileira e do potencial produtivo da Amazônia, citando artigo do subeditor de economia do Correio Braziliense, Carlos Alberto Júnior, intitulado “O agronegócio vai nos salvar?” Segundo o artigo, o setor emprega 18 milhões de pessoas, 38% da força de trabalho brasileira, e responde por 42% das exportações, em um total aproximado de R$ 90 bilhões. De acordo com Valdir Raupp, o resultado desse desempenho é o que foi constatado pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues: “Sem o produtor de cevada, não haveria a cerveja, o trabalho do motorista do caminhão que transporta a bebida, nem o do funcionário da fábrica de tampinhas”, nas palavras do ministro. Valdir Raupp considerou insuficiente a liberação, pelo governo, de R$ 39,45 bilhões para o plantio da nova safra. - A despeito do crescimento de 45,3% na totalidade dos recursos, os produtores reclamam que os custos aumentaram em proporção maior - disse. Raupp constatou que, apesar dos subsídios brasileiros à agricultura ainda serem baixos, diminuiu o “chororó” dos produtores, que aprenderam a investir em tecnologia e a se desenvolver sem as muletas do Estado. O Brasil, disse o senador, vende cerca de 80% do suco de laranja consumido em todo o mundo; responde por quase 40% do mercado mundial de soja e por 30% do mercado mundial de açúcar. Ainda citando o colunista, o senador lembrou que o problema das exportações brasileiras é que o valor agregado é baixo.  “O lucro obtido com a venda de um litro de óleo de soja poderia ser, no mínimo, o dobro, em decorrência do aumento do valor adicionado em cada etapa da produção do óleo, desde a chegada dos grãos à fábrica até o consumidor encontrá-lo na prateleira do supermercado”, disse, ainda citando Carlos Alberto Júnior. - Isso explica as barreiras do comércio internacional aos produtos brasileiros. A Alemanha não dispõe de um só pé de café plantado, mas é uma das potências mundiais do café solúvel - observou Valdir Raupp.  “Por isso, é fácil para o Brasil vender grãos de café, mas quase impossível vender café solúvel para os europeus”, disse.

26/08/2004

Agência Senado


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