Na China, esporte não combina com liberdade
(Marco Marocco)
Não é de hoje que o mundo inteiro acompanha as demonstrações de intolerância do governo chinês. Quem não lembra das dramáticas imagens da repressão contra os opositores ao regime comunista da China na Praça da Paz Celestial ? Quem não lembra da heróica figura de um manifestante no meio da rua, em frente a um tanque de guerra, tentando em vão impedir um massacre que acabou por ocorrer ?Pois a China, que receberá os Jogos Olímpicos de 2008, se muito avançou na economia, continua uma verdadeira muralha à frente da democracia. A repressão contra os tibetanos, mais novo episódio de truculência patrocinado pelo governo de Pequim em março passado, comprova que a mentalidade política definitivamente não acompanhou os avanços econômicos do país.Diante deste quadro, não é à toa que começa a engrossar o coro daqueles que defendem o aumento da pressão mundial para que a China afrouxe sua política de direiros humanos e de liberdades individuais, Não é admissível que um país que tenha se proposto a sediar um evento que simboliza a harmonia entre os povos ignore os mais elementares princípios democráticos. É inaceitável que um governo, seja ele de que regime for, ignore os apelos do mundo inteiro em favor de um povo oprimido.Os tibetanos têm o direito de lutar por sua independência. E a China tem a obrigação de respeitá-los. Armas não combinam com esporte. Censura não combina com Olimpíada.
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