Falar Verdade a Mentir
(Almeida Garrett)
“Falar verdade a mentir” é um texto dramático escrito por Almeida Garrett em 1825. A peça, composta por apenas um acto que se divide em dezassete cenas, conta a história de Duarte, um charlatão mentiroso compulsivo que faz da sua vida um aproveitar contínuo de oportunidades fáceis. Amália, sua noiva prepara-se para lhe apresentar o pai, um comerciante rico vindo do Porto. A partir daí, em conjunto com a aia de Amália (Joaquina) e seu namorado (José Felix) – os quais tinham o dote a lucrar com aquele casamento -, dão azo a uma sucessão de peripécias que andam à volta das mentiras de Duarte.
O protagonista, decidido finalmente a tornar-se honesto e a acabar com as mentiras, acaba por cair na teia das suas próprias trapaças, sendo todavia salvo ao longo da peça por uma série de coincidências e actos de José Félix, determinado a validar as afirmações falsas de Duarte. No final, as mentiras acabam por se tornar verdades perante a perplexidade do próprio Duarte.
A peça é uma crítica cómica e refinada à sociedade lisboeta estéril e do “salve-se quem puder”do início do século XIX.
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