As grandes religiões do mundo
(victor civita)
O carma não prevê o envio do indivíduo faltoso às penas eternas (como o inferno por ex.), mas, através do ciclo das existências, oportuniza-lhe a possibilidade de anular ou atenuar pela ação construtiva, o mau carma que criou para si próprio. Frente as adversidades da vida e das injustiças aprende o homem a ser generoso e justo. Vida após vida, o trabalho regenerador, o burilamento, por assim dizer, do espírito, vai-se efetuando paulatinamente e na dependência única e exclusiva do esforço da própria pessoa. Segundo o bramanismo cabe ao homem encurtar ou prolongar seu período de evolução.
Na concepção brâmane, não há fatalismo no carma, porque ao homem é conferido o livre arbítrio que lhe propicia tomar decisões que permitam seja o carma reduzido e até esgotado precocemente. A Reencarnação é, portanto, a oportunidade renovada de dirigir o ser humano para os elevados fins de sua criação, ou seja, a identificação com o Criador.
As escrituras sagradas dos hindus, os Vedas, remontam a datas muito recuadas. O mais antigo, e o mais importante deles, o Rigveda, deve ter sido escrito 10.000 anos a.C.
Os Upanichades, palavra sânscrita que significa “sentar-se ao lado”, são considerados como conclusão dos Vedas. Existe na literatura sagrada do Bramanismo referência clara e minuciosa sobre as vidas sucessivas e progressivas. As escrituras hindus não fazem qual quer menção a regressão ou involução, ficando esta crença para a mente crédula e supersticiosa do povo menos esclarecido que interpretou certas alegorias, como a possibilidade de homens reencarnar em animais. Referências mal intencionadas também podem ser encontradas em literaturas que procuram denegrir a imagem do Hinduísmo, correlacionando esta religião com as absurdas reencarnações em espécies animais, de espíritos humanos.
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