O Fausto de Goethe
(Suzana Campos de Albuquerque Mello)
Johann Wolfgang von Goethe, um dos mais importantes escritores alemães, nasceu em 1749 e faleceu em 1832. O autor foi um dos fundadores do movimento literário Sturm und Drang (Tempestade e ímpeto), perpassou o romantismo literário alemão e foi um significativo expoente do classicismo germânico. Uma de suas principais obras, que estão entre o período literário romântico e clássico é “Fausto: Uma tragédia”, obra dividida em duas partes, da qual trataremos, neste texto, parte I, publicada em 1808.
Esta primeira parte da obra goethiana é divida em 24 cenas e mostra o Dr. Fausto como uma personagem que tem uma vida entediante, que lamenta a sua condição, pois apesar de ter estudado todas as ciências: filosofia, jurisprudência, medicina e teologia, ou seja, embora tenha conhecimento, tem a alma inquieta. Ele faz um pacto com Mefisto (que representa o diabo) e promete seguir a sua estrada desde que o diabo lhe proporcione um momento em que possa dizer: “Oh! Pára! És tão formoso”. Caso este momento se concretize e Fausto se estire em um leito de lazer, sua busca terá cessado. Após conseguir a permissão do Altíssimo (Deus) para que leve o doutor em seu caminho, Mefisto percorre com Fausto a trilha pelo Pequeno Mundo, ou seja, o dos desejos e dos prazeres e faz com que ele tome uma poção para rejuvenescer. Neste caminho, o doutor encontra Gretchen, uma jovem pura e casta, apaixona-se por ela e a seduz. Fausto causa a morte da mãe de Gretchen, assim como mata o seu irmão Valentim em um duelo. Acaba por engravidá-la, e no fim da primeira parte da tragédia Gretchen está encarcerada por ter matado o seu filho. Fausto tenta salvá-la, mas ela, delirando de loucura e percebendo que Mefisto o acompanha, decide ficar na prisão. Por fim, a primeira parte da tragédia termina com uma voz ‘do alto’ dizendo que Gretchen está salva. Ela consegue a sua redenção e Fausto segue a sua busca com Mefisto.A continuação do caminho de Fausto com Mefisto está em Fausto II, publicado anos mais tarde, em 1932. O Fausto de Goethe é uma obra necessária ,não só por ser um clássico da lietratura mundial, mas também por trazer questões pertinentes para o indivíduo que vive na nossa contemporaneidade, ou seja, o indivíduo fragmentado.
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