O demônio da teoria: literatura e senso comum
(Antoine Compagnon)
O demônio da teoria: literatura e senso comum, de Antoine Compagnon (UFMG, 1999, p.) traz uma lição, segundo sua apresentadora no Brasil, Eneida Maria de Souza: a ausência de sucessores dos teóricos dos anos sessenta e setenta, representados principalmente por Roland Barthes, que ganhou destaque pela resistência aos lugares fixos do saber e pela demonstração da precariedade e metamorfose das teorias. Antoine Compagnon é engenheiro formado pela Escola Politécnica de Paris e doutor em Literatura. Professor da Sorbonne e da universidade de Columbia. O demônio da teoria é também uma aguda crítica à institucionalização da teoria literária, inclusive com uma agulhada na crítica dita genética, que seria um retorno para a velha história literária pelo viés da redescoberta de manuscritos. Aborda, em linhas gerais, os contrastes entre teoria e senso comum, teoria e prática da literatura, em que faz um interessante contraste entre teoria da literatura e teoria literária. Há o desafio de reduzir a literatura a seus elementos, para resistir à alternativa autoritária entre a teoria e o senso comum, entre tudo ou nada, porque a verdade está sempre no entrelugar. A partir dessa proposta, a obra é dividada em capítulos que contemplam individualmente as questões referentes à literariedade ou à extensão da literatura (o que torna um estudo literário? Ou uma obra?), à autoria (ou à intenção; aí também um questionamento sobre a tese da morte do autor), à representação (de que fala a literatura?), à recepção (ou o lugar do leitor – implícito e explícito), ao estilo (ou à relação do texto com a língua), à história e ao valor (valoração estética).
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