Resumo de Aprendizagem - N. Sprinthall; R. Sprinthall

A aprendizagem pode ser definida como uma alteração relativamente permanente do comportamento ou do potencial do sujeito para modificar o comportamento de uma forma gradual e evolutiva, situação que decorre da interacção com o meio.
Das várias concepções sobre a aprendizagem destacam-se:
A Maturacionista, que preconiza que a aprendizagem acontece num crescendo, apenas possível de acordo com determinada maturação biológica que permita uma aprendizagem qualitativamente diferente.
A Comportamentalista, que tem como paradigma-base a associação estímulo-resposta, segundo a qual a aprendizagem é fruto apenas da acção do meio ambiente.
A Interacionista, que assume uma posição intermédia em relação às duas primeiras, uma vez que o conhecimento é resultado de uma constituição biológica do indivíduo e da acção do meio ambiente. Tal permite ao sujeito modificar constantemente activamente, e consequentemente complexificar, as suas estruturas cognitivas por relação com os elementos do meio.
Como já vimos, existem diferentes teorias que explicam o processo da aprendizagem, sendo que, no geral, as teorias mais aceites são a comportamental e a cognitivo-comportamental, a qual foi trabalhada por diversas teorias:
Condicionamento Clássico/Respondente - John Watson (1878-1958)
Condicionamento Operante/Instrumental - Burrhus Frederik Skinner (1904-1990)
Aprendizagem Social/por observação – Albert Bandura (1925-)

A aprendizagem por condicionamento clássico ou respondente teve por base experiência com cães, estudando os mecanismos de salivação perante o alimento, e associando entretanto um som de campainha. É concluído que a salivação é aprendida perante um estímulo (perspectiva de alimento).
A aprendizagem por condicionamento operante ou instrumental foi o resultado de experiências com gatos fechados em caixas que podiam ser abertas através de uma ação do próprio animal com vista a obter comida. Os gatos revelaram aprender a sair da caixa cada vez mais rapidamente.
A aprendizagem por observação ou social faz ver que as duas primeiras abordagens se tornam limitadas, no sentido em que o indivíduo apenas aprenderia experienciando. Segundo esta teoria a aprendizagem realiza-se também por observação daqueles que rodeiam o indivíduo (exemplo das crianças que aprendem comportamentos através dos seus pais)

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