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Entradas e Bandeiras na Colonização do Brasil
(Renato Cancian)

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  O desbravamento e povoação das terras do interior do Brasil foram iniciados por expedições chamadas de Entradas e Bandeiras. As Entradas eram  oficiais, organizadas pelo governo da autoridade colonial. Já as Bandeiras tinham motivação particular por parte dos colonos  estabelecidos nos povoados.
Essas expedições foram organizadas para explorar o interior e procurar riquezas minerais, além de caçar e aprisionar índios para escravizá-los. Não era uma tarefa fácil organizá-las. Havia a necessidade do preparo de muitas provisões, armas e instrumentos, que deviam ser transportados por animais e pelos próprios exploradores.
Outra tarefa difícil era reunir homens dispostos a penetrar mata adentro sem a certeza de que retornariam com vida e do êxito que teriam na descoberta de riquezas ou no enfrentamento com os índios.
Em 1504, Américo Vespúcio organizou uma Entrada composta por trinta homens que partiu de Cabo Frio e penetrou no sertão. Martim Afonso de Souza organizou duas Entradas. A primeira composta por quatro homens, saiu da Guanabara e permaneceu no interior por cerca de dois meses. A segunda tinha cerca de 80 homens e era chefiada por Pedro Lobo. Saiu da ilha de Cananéia (no atual estado de São Paulo) e jamais retornou.
No início do século 17 as Entradas entraram em declínio. Surgiram então as Bandeiras que se estenderam por todo o século seguinte. Foi na vila de São Vicente que as primeiras Bandeiras foram organizadas. O solo dessa região, impróprio para o plantio da cana-de-açúcar, ocasionou uma grande queda da produção açucareira levando a estagnação econômica aos povoados. Os habitantes tiveram que encontrar outra atividade econômica para sobreviver. A alternativa foi a organização das expedições desbravadoras.
Outra que se tornou famosa por essas  expedições foi a vila de São Paulo. As Bandeiras organizadas pelas duas vilas dedicaram-se, à caça e prisão de índios para vendê-los como mão-de-obra escrava aos engenhos de açúcar, situados nos ricos solos do Nordeste brasileiro. Seus alvos principais eram as missões jesuíticas que tinham grande número de índios em fazendas, para serem pacificados e depois catequizados pela Companhia de Jesus.
Com o surgimento das Bandeiras e suas atividades, os jesuítas entraram em conflito com os bandeirantes. Em 1640, os bandeirantes expulsaram os jesuítas de São Paulo.
Quando o negro africano substituiu o índio no trabalho escravo da grande lavoura, o ciclo do bandeirismo de caça e apresamento dos nativos declinou. Os bandeirantes passaram a se concentrar na exploração de riquezas minerais. Começaram então a procura de ouro nos leitos dos rios da região e foram percorrendo a zona litorânea.
No entanto a perseguição aos índios não cessou completamente, os próprios bandeirantes passaram a utilizar a mão-de-obra indígena para trabalhos nas pequenas lavouras de subsistência e nas expedições de exploração. 
Ao longo dos caminhos abertos pelos bandeirantes surgiram diversos povoados. As Bandeiras que percorreram o litoral à procura de ouro, partindo de São Vicente, originaram as vilas de Itanhaém, Iguape, Paranaguá e Laguna, entre outras.
Também possibilitaram a descoberta de riquezas minerais como ouro, diamante e metais preciosos que deram origem a um novo ciclo econômico de exploração colonial. O êxito dos bandeirantes na descoberta de metais preciosos, fez com que a Coroa portuguesa passasse a financiar muitas expedições com o objetivo de encontrar as riquezas minerais e explorá-las como alternativa à crise econômica provocada pelo declínio da produção açucareira.

 



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