Pedagogia do Oprimido
(Paulo Freire)
A
obra, Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, tem a finalidade de nos alertar
enquanto cidadãos para questões cotidianas, nas quais muitas vezes nos tornamos
submissos ao sistema que estamos inseridos. Além disso, norteia educadores para
uma prática pedagógica que vise a libertação e a transformação do indivíduo
enquanto cidadão oprimido. Está disposta em 4 capítulos precedidos de uma breve
introdução.
No
primeiro capítulo, Justificativa do Oprimido, o autor conceitua os termos opressor
e oprimido, demonstra os malefícios desse sistema aprisionador que busca
favorecer somente a classe opressora. O autor cita que os oprimidos temem a
liberdade e “somente superam a contradição em que se acham, quando o
reconhecer-se oprimidos os engaja na luta por libertar-se” (p.27)
O
segundo capítulo traz a concepção da educação bancária. Nesta o educador é um
mero depositante e a função dos educandos é simplesmente depositar e arquivar
aquilo que lhe foi transmitido. A educação desta forma torna-se prática da
dominação dos opressores que ao invés de ensinar “inibe o poder criador dos
educandos.” (p.40)
O
capítulo seguinte demonstra que a “essência da educação como prática da
liberdade” está baseada no diálogo, pois “não é no silêncio que os homens se
fazem, mas na palavra (...) a palavra não é privilégio de alguns homens, mas
direito de todos os homens.” (p.44) Sem diálogo não há educação autêntica e por
fim não há liberdade.
Freire
em seu capítulo final enfatiza a importância do diálogo e reafirma as questões
abordadas nos capítulos anteriores. Complementa citando alguns artifícios
utilizados pelos opressores, tais como: a divisão das massas, falsa
generosidade, manipulação, ação antidialógica, e muitos outros.
Percebe-se que o autor tem a intenção de
conscientizar e desalienar os oprimidos por meio da reflexão do que ali é
discorrido. Freire é pragmático demonstra verdade com seus argumentos, nos
inspira, nos leva refletir e a crer que a liberdade realmente só é conquistada
por meio da educação problematizadora e através da prática da ação
dialógica.
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