Os Ratos
(Dionélio Machado)
A obra Os Ratos, do autor Dionélio Machado, é uma das mais importantes dentro do contexto literário brasileiro. É narrado o percurso de vinte e quatro horas de desespero do funcionário público Naziazeno, Este é um cidadão comum que, certa manhã, desperta com um grave problema. O leiteiro ameaça cortar-lhe o fornecimento de leite, se ele não pagar, na manhã seguinte, a dívida de 53 mil réis. Durante todo o dia ele pensa apenas em como arrumar tal dinheiro. Empréstimo ou penhor? Humilha-se, mas nada consegue. No final do dia arranja o dinheiro e volta para casa, levando, também, comida e brinquedo para o filho. O tema dessa obra é a massificação do homem contemporâneo, indivíduo anônimo na multidão. Os homens são ?ratos apequenados, de focinho e visão curtos?. No livro, o personagem Naziazeno luta contra uma engrenagem social que é, totalmente, alheia ao seu drama pessoal. Ele tem uma família para sustentar, um filho para alimentar e educar. Os Ratos representam as pessoas pobres, simples, sem qualquer bem. Representam o próprio sistema social que, centrado no interesse econômico, acaba por corroer as pessoas, transformando-as em coisas. É um alívio ver Naziazeno feliz. Esta obra premia o autor e o público. Dionélio Machado é capaz de mostrar um problema humano sob o ângulo das relações de exploração social. Uma análise feita a partir das pequenas coisas massacrantes que envolvem o dia-a-dia das pessoas comuns e que as anulam. Os Ratos teve sua publicação em 1935 e seu autor prima pela análise psicológica. Deixa-nos o suspense para acompanharmos a trajetória do personagem Naziazeno.
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