BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Sarrapalha
(João Guimarães Rosa)

Publicidade
Um lugarejo na beira do rio Pará, que antes tinha habitações, ruas, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz foi largado por um povoado inteiro por causa da malária que chegou matando muita gente. Numa fazenda denegrida e desmantelada, perto do vau da Sarapalha, moravam uma negra, já velha, que capina e cozinha o feijão, um cachorro perdigueiro e dois homens que vivem sentados num cocho emborcado, cabisbaixos, quentando-se ao sol. Esses dois homens (primo Ribeiro e primo Argemiro), já atacados pela maleita, recusam-se sair de onde estão, a fazenda do primo Ribeiro, e resolvem ficar esperando a morte chegar.
Entre os intervalos da febre intermitente causada pela doença, os dois primos entrecortam dialógos que giram em torno do tempo, dos mosquitos, dos efeitos da maleita, do rio, do quinino e da partida da prima Luisa, esposa do primo Ribeiro. A esposa do primo Ribeiro era linda e se tornou a causa do conflito entre os primos, porque o primo Argemiro também gostava da esposa do primo Ribeiro. O primo Argemiro nunca faltou o menor respeito a ela em consideração ao primo, entretanto a morena Luisa dos olhos grandes acabou fugindo com um boiadeiro.
Os dois primos vão se alternando nos delírios causados pela febre e na saudade da prima Luisa. Quando primo Argemiro resolve confessar e pedir perdão ao primo por também gostar de Luisa, primo Ribeiro se diz traído - ?-Fui picado de cobra ... fui picado de cobra? ? e expulsa o primo Argemiro da fazenda ? ?Ajunta suas coisas e vai ...? - mesmo depois do primo Argemiro jurar nunca ter faltado o respeito a ela e dizer que era o único amigo que o primo tinha.
O primo Argemiro reúne as forças e anda, transpõe o curral e enfrenta o mato todo enfeitado e, enquanto sente os efeitos da maleita chegando novamente, relembra sua mocidade e de quando viu Luisa pela segunda vez, num vestido azul, no terço de São Sebastião. Com o crescimento das dores, ele se senta nas folhas secas para aguentar a sezão, enquanto as plantas estremecem, trepidam, tiritam e se abalam, tremendo também, com a sezão.



Resumos Relacionados


- Sagarana - Sarapalha [3ºconto]

- Sagarana - Sarapalha

- O Primo BasÍlio

- Sagarana - 3prt

- Primo Basílio



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia