Copa Do Mundo - 1998
(Lusura)
A décima sexta Copa do Mundo FIFA foi a maior ha história: 32 equipes participaram e 64 jogos foram disputados. os oito grupos de quatro times cada um foram espalhados por toda a frança, entre os dez novos estádios. A partida inaugural e a final foram disputadas no esplêndido Estádio da França, construído recentemente, situado em Saint-Denis, ao norte de Paris. Como normalmente acontece em uma Copa do Mundo da FIFA, a primeira fase trouxe muitas surpresas: alguns favoritos foram superados por equipes cuja classificação para a segunda fase era desacreditada. A Espanha não conseguiu espantar o seu azar na Copa, depois de um mau começo e de uma despedida em grande estilo. Contra todas as possibilidades e após perder por 3 a 2 para a Nigéria na primeira partida, a equipe de Javier Clemente marcou 6 gols contra a desventurada Bulgária. No entanto, o Paraguai derrotou os super-águias, que lideravam o grupo, e se classificou deixando a Espanha de fora. A Colômbia também ficou pelo caminho, em um grupo encabeçado pela seleção romena que surpreendeu ao vencer a Inglaterra por 2 a 1. Escócia e Jamaica também tiveram que se curvar em seus grupos diante do Brasil e da Argentina, embora sua torcida aproveitasse as duas semanas da primeira fase para espalhar alegria e entusiasmo pela França. Marrocos também se despediu do torneio com certa amargura, já que um pênalti no último minuto fez com que a Noruega derrotasse o poderoso Brasil e roubasse dos norte-africanos a segunda vaga no grupo. O melhor momento das oitavas-de-final aconteceu em Saint-Etienne, onde Inglaterra e Argentina travaram uma batalha épica. O primeiro tempo entrou nos anais do esporte como 45 minutos de futebol clássico: um pênalti de cada equipe nos primeiros 10 minutos, o golaço de Michael Owen, que colocou os três leões à frente do placar, e o tiro livre com precisão milimétrica de Javier Zanetti, que empatou o jogo antes do intervalo. No segundo tempo, os gols foram substituídos por um grande drama: David Beckham foi expulso por dar um pontapé em Diego Simeone, o árbitro anulou o gol da vitória inglesa de Sol Campbell por causa de uma falta no goleiro, prorrogação, pênaltis... Carlos Roa defendeu o quinto e ultimo lançamento da Inglaterra, de David Batty, classificando os argentinos. Em termos esportivos, a França '98 será lembrada como uma Copa do Mundo bem secedida. O aumento do número de participantes para 32 eliminou a rede de segurança que existía anteriormente para um grupo de 24 países e que permitia a classificação entre os 16 definitivos apenas sendo o terceiro melhor do grupo. Nessa ocasião, era um tudo ou nada nos grupos de classificação. Por esse motivo, a maior parte das equipes queria marcar gols, sem se preocupar com táticas mais defensivas. A maioria das seleções colocou em prática um jogo criativo, deixando de lado a força bruta, o que nos permitiu descobrir novos talentos como Ariel Ortega (Argentina), Thierry Henry (França) e Michael Owen (Inglaterra). Owen se destacou por marcar um dos gols mais espetaculares do torneio, durante o qual foram marcados 171 em 64 partidas. Davor Suker (Croácia) foi o artilheiro, com seis gols. Enquanto isso, os anfitriões franceses caminhavam lentamente, mas tinham destino certo. Depois de fazer uma perfeita campanha na fase de grupos, eles enfrentaram a resistência persistente do Paraguai e precisaram, para se classificar, do primeiro (e único até agora) gol de ouro da Copa do Mundo da FIFA, feito aos 113 minutos pelo zagueiro central Laurent Blanc. A Itália foi a próxima adversária e, desta vez, os travessões foram os salvadores. Roberto Baggio cabeceou para fora quando estava sem marcação nos últimos minutos da prorrogação e Luigi di Biagio bateu na trave a quinta e decisiva bola na disputa de pênaltis. Na semifinal, a França disputou com a surpresa do campeonato, a Croácia. Em sua primeira Copa do Mundo da FIFA desde a divisão da antiga Iugoslávia em vários países independentes, os heróis de camiseta xadrez deMiroslav Blazevic derrotaram a Alemanha por 3 a 0 nas quartas-de-final e, depois, deixaram os torcedores locais boquiabertos quando Davor Suker (ganhador da chuteira de ouro) colocou sua equipe à frente do placar contra a França. Surgiu então a figura: o lateral direito Lilian Thuram escolheu esse momento para marcar seus dois primeiros gols como titular e preparar uma final de sonhos: os anfitriões franceses contra o campeão do momento, o Brasil, que tinha derrotado o Chile, a Dinamarca e a Holanda nas eliminatórias. Foi assim que, em 12 de julho, chegou o dia da glória, como diz o hino nacional francês La Marseillaise. Com um gol de cabeça aos 27 minutos e outro nos minutos extras do primeiro tempo, o armador Zinedine Zidane deu dois golpes nos adversários brasileiros, dos quais nunca mais se recuperariam. Apesar de ficar com 10 homens em campo, depois da expulsão de Marcel Desailly aos 68 minutos, a fortaleza francesa não só resistiu à investida final do Brasil, mas também marcou outro gol após o contra-ataque de Emmanuel Petit no último minuto. O apito final do marroquino Belqola, o primeiro africano a apitar em uma final da Copa do Mundo da FIFA, foi o sinal para que o país inteiro explodisse. Apenas na Champs Elysées estavam mais de um milhão de pessoas, que comemoraram a vitória dançando a noite toda.
Resumos Relacionados
- Copa Do Mundo - 1990
- Copa Do Mundo - 1994
- Copa Do Mundo - 1982
- Curiosidades Da Copa De 2006
- Copa Do Mundo - 1962
|
|