A camada de Ozônio: O calcanhar de Aquiles da biosfera.
(Nobelprize.org - Press release.- The Nobel Prize in Quemistry of 1995.)
A atmosfera que circunda a terra, contem uma quantidade muito pequena de ozônio, um gás com três átomos de oxigênio (O3). Ela é tão pequena, que se toda ela fosse comprimida à pressão existente na superfície do nosso planeta, sua espessura seria somente de 3mm. Embora ocorrendo em tão pequena quantidade, ela é de vital importância para a para a nossa existência. Isto devido a , juntamente com o ordinário oxigênio molecular ( O2), ser capaz de absorver a maior parte da radiação ultravioleta do sol, evitando que esses raios prejudiciais atinjam a superfície da terra. Sem essa camada de proteção, seria impossível a vida animal ou vegetal, ao menos na superfície do nosso planeta. Por isso, é de grande importância entender os processos que regulam o teor de ozônio na atmosfera. Tres cientistas receberam o prêmio Nobel de Química em 1995, por terem dado importantes contribuições para a humanidade, no que se refere à formação, decomposição, e a química do Ozônio na atmosfera terrestre. São eles: Paul Crutzen cientista holandês, atualmente no Instituto Max-Planck na Alemanha, Mário Molina, do MIT, Est. Unidos, e Sherwood Rowland, Universidade da Califórnia, Estados Unidos. Mais importante, eles mostraram quão sensível é a camada de ozônio, em face à emissão de determinados compostos químicos, especialmente os gases CFCs (Freons), usados em refrigeração e propelentes para aerosóis, e os ‘Halons', a base de bromo, ambos altamente danosos à camada de ozônio, por acelerarem a sua decomposição catalítica. Em 1970 Crutzen demonstrou o ataque das moléculas de ozônio, pelos óxidos nitrosos NO e NO2, que são formados na estratosfera a partir dos N2O, estes provenientes de transformações biológicas por microorganismos na superfície da terra. Em 1974, Molina e Sherwood publicaram os mecanismos de reação dos CFCs, que inertes na superfície, ao serem transportados para a estratosfera, são bombardeados pela radiação ultravioleta, liberando átomos livres de cloro, e estes sim, dão início à decomposição do O3. Em 1985, ficou clara a forte tendência na redução da camada de ozônio na Antártida, e isto resultou no Protocolo de Montreal em 1987, onde seriam proibidos os lançamentos na atmosfera dos gases freons e halons( de bromo), embora sabendo-se que aqueles já lançados, demorariam anos para a sua eliminação. O interessante é que, os mesmos raios ultravioletas, prejudiciais à raça humana, são os mesmos que também participam da formação da camada de ozônio, a partir da quebra da molécula do oxigênio molecular, liberando o átomo de O, e este reagindo com o O2 para a formação do ozônio. Graças aos conhecimentos científicos atuais, e em especial aqueles proporcionados pelos tres cientistas mencionados, puderam ser tomadas medidas concretas para a recuperação da camada de ozônio, embora se saiba que a sua recuperação completa leve ao redor de cem anos.
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