MICHEL FOUCAULT E O CUIDADO DE SI: NOVAS IMPLICAÇÕES PARA O SUJEITO NA CONTEMPORANEIDADE
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Em suas últimas obras, Michel Foucault passa a exercitar todoa uma analítica até então pouco explicitada na sua trajetória acadêmica. Isso porque História da Sexualidade II e História da Sexualidade III, trazem como elementos fundamentais de discussão, a noção do que é o sujeito do desejo e de como este se afirmara senhor de si em diferentes período históricos. Seja na Grécia antiga (séc. VI a.C até o séc. IV a.C) onde as prescrições morais por parte de filósofos como Platão ou Xenofonte diziam repeito a um profundo domínio de si pela prática da temperançã, ou ainda no perído correspondido aos séculos I e II d.C, onde a doutrina filosófica conhecida como estoicismo preconizava a preservação do sujeito diante de sérias ameaças a sua saúde física e espiritual. [BR]De qualquer maneira na antiguidade, havia todo um modo de problematização pautado numa estilística da existência correspondido a toda uma maneira do sujeito ser e estar no mundo, a partir de um processo criativo e próprio, ao passo que na contemporaneidade, cada vez mais o sujeito é atravessado pelas estratégias de saber - poder e pelos modos de sujeição que acabam por corroborar com um idéia de indivíduo centrada na universalização e na abstração, ou seja, o sujeito autonomo alheio a toda a realidade e que só pode existir graças a uma série de códigos e sanções que são impostas diariamente a ele. [BR]Foucault em suas últimas obras nos convida a problematizar esse sujeito contemporâneo, fazendo valer novas estratégias de enfrentamento capazes criar um contra - poder e fazer o homem resistir aos modos de sujeição impostos por mecanismos repressivos ou não.
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