Cabinda e as Construções da sua História (1783-1887)
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Cabinda e as Construções da sua História (1783-1887) , foi escrito por Alberto Oliveira Pinto (Lisboa, Dinalivro, 2006) e aborda a problemática histórica de Cabinda. A obra problematiza a questão do colonianlismo português e salienta o pragmatismo frio da prática política, que deliberadamente vira as costas à História quando esta não serve para legitimar as suas pretensões. O autor chama a atenção para a "necessidade da História" e para a sua importância para o conhecimento do que hoje somos. O livro é um contributo muito importante para a ainda pobre historiografia de Cabinda e elogiou o carácter inovador da abordagem seguida neste estudo.[BR]O historiador segue a linha da análise crítica e desmistificadora das "construções da história". Na investigação que fez sobre a História de Cabinda, Alberto Oliveira Pinto analisou (entre outros aspectos) a imagem que o colonizador português construiu do homem de cabinda, elogiando a sua força, a lealdade e a obediência e o seu asseio; ou seja, gabou-lhe as "qualidades" que se mostravam relevantes ao serviço do homem branco. O autor desmistificou ainda a ideia falsa e romântica de que os cabindas assinam com os portugueses o tratado de protectorado de 1885 por sentirem afinidades com o nosso país e não com as outras potências europeias. A realidade crua foi outra. Escolheram as elites políticas e económicas de Cabinda o parceiro português porque com ele podiam continuar o comércio de escravos, que outros Estado europeus tinham proibido. Ah! E essa ideia de que Portugal foi o primeira país do mundo a abolir a escravatura é outro mito, outra falsificação da História. [BR]
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