Eneida
(Plúbio Virgílio Marão)
Epopeia escrita originalmente em latim,Eneida conta,em seus doze cantos,a lenda do herói Enéias,sobrevivente da destruição de Tróia e primeiro ancestral do povo romano.Canto I – Partindo da Sicília, os navios de Enéias são atingidos por violenta tempestade provocada por Éolo a pedido de Juno; Netuno acalma os mares; os navios são desviados para as praias do norte da África. Vênus intercede pelos troianos; a chegada a Cartago; Dido acolhe os náufragos e lhes oferece um banquete durante o qual se apaixona por Enéias.
Canto II – Por solicitação de Dido, Enéias relata a história da guerra de Tróia, enfatizando os episódios que lhe determinaram o fim: o aprisionamento do grego Sinão, instruído por Ulisses para enganar os troianos, a introdução do cavalo de madeira na cidade, a saída dos soldados escondidos na calada da noite, a batalha noturna, o incêndio, o ataque ao palácio do rei, a vitória dos gregos, a fuga de Tróia, com Anquises e Ascânio,o desaparecimento de Creúsa.
Canto III – Continuando a narração, Enéias relata à rainha as peripécias e prodígios que marcaram a viagem dos troianos: as escalas na Trácia e em Creta, a partida para a Itália, o encontro com as harpias, a chegada ao Epiro e à Sicília e a morte de Anquises.
Canto IV –Dido se apaixona por Enéias convida os troianos para participarem de uma caçada e se vale de um encontro casual, durante uma tempestade, para entregar-se ao chefe troiano. Censurado por Júpiter, que lhe envia Mercúrio como emissário ,Enéias se dispõe a abandonar Cartago, disposto a cumprir a missão para a qual fora preservado. Dido, desesperada, o amaldiçoa e se suicida. Canto V – Chegando novamente à Sicília, Enéias realiza jogos fúnebres em homenagem ao primeiro aniversário da morte de Anquises.
Canto VI – Fazendo uma escala em Cumas, Enéias consulta uma sacerdotisa de Apolo, toma ciência do que o espera, no futuro, e obtém permissão para fazer uma visita ao reino dos mortos encontra-se com Anquises que lhe dá preciosas informações e fala do futuro de Roma.
Canto VII – Enéias chega à região do Tibre e o rei Latino se dirige ao oráculo de Fauno ;são enviados embaixadores troianos ao rei, que oferece a Enéias a mão de sua filha, Lavínia. Amata, a rainha, se enfurece com a aliança, o mesmo ocorrendo com Turno, chefe rútulo a quem a moça fora prometida em casamento. É declarada a guerra entre latinos e troianos. Turno obtém aliados, entre os quais os volscos, chefiados por Camila
Canto VIII – Enéias procura fazer aliança com o rei Evandro enquanto Vênus solicita a Vulcano armas para o troiano.
Canto IX – Eclode a guerra. Turno ataca os acampamentos de Enéias e dois jovens troianos, Niso e Euríalo, têm oportunidade de mostrar seu valor, embora encontrando a morte. A mãe de Euríalo se lamenta.A guerra prossegue. Canto X – Júpiter procura conciliar Juno e Vênus, a fim de que a guerra chegue ao fim. A violência, entretanto, continua. Há perdas importantes de ambos os lados. Morre Palante, o jovem filho do rei Evandro, aliado dos troianos.
Canto XI – Faz-se uma trégua para que se enterrem os mortos; realiza-se o funeral de Palante;cogita-se numa proposta de paz; os exércitos inimigos, todavia, se defrontam. A carnificina é terrível e morre Camila, rainha dos volscos, aliada de Turno.
Canto XII – Vendo o exército desanimado, Turno se dispõe a enfrentar Enéias num duelo; firmam-se as condições, mas o tratado é violado; uma seta fere Enéias e Vênus o cura. O exército troiano chega até os muros da cidade e Amata se suicida. Trava-se o combate singular entre Enéias e Turno. O chefe troiano vence o inimigo e o sacrifica.
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