Gênesis
(MOISÉS)
Gênesis é o primeiro dos 66 livros que compõem a Bíblia e tem como tema central a revelação do Deus preexistente e criador de todas as coisas, bem como a queda do homem (Adão) e da mulher (Eva), através do pecado original, e a reprodução humana e a formação de uma humanidade corrompida pelo pecado e a preocupação de Deus em resgatar o homem de sua condição pecaminosa. Um importante evento, o Dilúvio, divide o livro em duas partes, que podemos chamar de períodos pré e pós-diluvianos. No período pré-diluviano o livro revela o Deus preexistente e a obra da criação, céus e terra e tudo o que neles há e destaca o zelo divino por todas as coisas criadas. Trata em particular da criação do homem e da mulher, feitos à imagem e semelhança de Deus, demonstrando a intimidade de Deus com o homem e a importância deste em relação às demais criaturas. Fala do jardim do Éden, lugar maravilhoso onde, de início, o homem e a mulher viviam e desfrutavam de completa felicidade, em comunhão e intimidade com Deus. Do pecado original e suas conseqüências, quando o homem, tentado pela serpente, desobedeceu a Deus e comeu do fruto da árvore da ciência do bem e do mal e foi afastado da presença de Deus e expulso do Éden. Da reprodução humana sobre a terra e a formação de uma humanidade pecaminosa, digna de ser destruída com o dilúvio. Da misericórdia de Deus, que viu em Noé semente de justiça e o preservou, ele e sua família e mais os animais da Arca, da destruição pelo dilúvio. E o próprio dilúvio, que choveu sobre a terra durante 40 dias, sepultando toda carne que estava fora da arca construída por Noé. Há que se destacar nesse período a longevidade do ser humano, ali as pessoas viviam em média mais de 800 anos, e pareciam ser bem dotadas, em geral, capazes de grandes feitos. O período pós-diluviano trata do estabelecimento de Noé e sua família numa terra lavada, e o reinício da humanidade, que logo, logo daria sinais de ainda estar sob o domínio do pecado, simbolizado, principalmente, nos episódios da Torre de Babel, que deu início aos vários idiomas e na destruição de Sodoma e Gomorra, pelo fogo e enxofre, duas cidades cujos habitantes alcançaram nível de corrupção semelhante àquele de antes do dilúvio. O foco de Gênesis agora é a ação de Deus preparando as bases do povo de Israel. Assim como antes do dilúvio, Deus viu semente de justiça em Noé, agora Ele a vê em Abraão e o separa para formar uma nova nação da qual ele é o primeiro patriarca. A mulher de Abraão, Sara, era estéril, e os dois já avançados em idade, então uma pergunta não calava: Como formar uma nova nação sem descendência? E aqui entra a ação divina, tornando-os férteis e como que indicando que a história desse povo que se iniciava dependeria muito dos milagres de Deus. Abraão, então, gerou Isaaque, que gerou Jacó, o qual passou chamar-se Israel, que quer dizer Povo de Deus. Há que se destacar, ainda, neste período, a aliança que Deus fez com a humanidade, prometendo não mais destruí-la por dilúvio, dando como sinal o arco-íris. Também a presença de anjos, em alguns episódios, em contato direto com humanos. A benção permanente sobre Abraão e sua descendência. Abraão quase sacrificou em holocausto o filho da promessa, Isaaque. As peripécias de Jacó e seus embates com o irmão gêmeo, Esaú. O nascimento dos 12 filhos de Jacó, que deram início às 12 tribos de Israel e a venda do irmão José como escravo ao Egito. Devido a uma grande fome, o povo de Israel foi para o Egito a fim de se alimentar, pois José, depois de escravo, tornou-se ali governador. O livro de Gênesis termina com a morte de Jacó e depois a de José e o povo de Israel já se tornando escravo no Egito. Permita-me o leitor a seguinte inferência: Gênesis revela que há um único Deus, criador de todas as coisas. Há uma humanidade dominada pelo pecado, que precisa do socorro divino. Deus quer socorrer o homem e resgatá-lo do pecado, e escolheu o povo de Israel para realizar o seu plano.
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