Timbuktu
(Paulo Auster)
O cão é o melhor amigo do homem, mesmo quando o homem é apenas um vagabundo, sem nada de seu, excepto a sua história. E a história do homem, a sua luta contra a doença mental que o levou às ruas, surge no universo de ternura das recordações do cão. Pouco a pouco o cão desvenda o homem, as suas relações com a mãe, o seu desassossego que o faz querer sempre partir... Timbuktu, esse lugar mítico onde a imaginação nos leva, mas a vida não, é o objectivo de homem e cão, o lugar do reencontro quando a morte é mais forte e separa um dos dois elos da cadeia. Neste caso é o homem o elo mais fraco, é o cão que lhe sonha a morte, e no sonho se despede do amigo querido. Será possível a vida depois de um amor tão intenso? Surge a possibilidade de outro amor, com a Dona-de-Casa para quem o cão é panaceia para a solidão e até instrumento de revolta contra o marido dominador.Mas a vida nem sempre segue o curso que queremos que ela siga, e um cão tem tão pouco controle sobre o seu próprio destino, quando se entrega nas mãos de um dono, ou uma dona...As férias, uma coisa tão trivial, e a separação inevitável a que se junta a febre interior vão levar o cão a tomar sobre si o seu destino, controlando aquilo que um cão pode controlar: a sua vida! Timbuktu é o destino e para lá chegar há que prescindir de si, da própria vida. Relato pungente das aventuras de um cão, Timbuktu é um livro imprescindível.
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