O inovador e seu entorno
(Gustavo Daniel Perednik)
Erich Fromm (1900-1980) foi um fiel seguidor da psicoanálise em uma primeira etapa, mas, posteriormente, se distanciou da psicoanálise e passou a edificar uma nova concepção do ser humana. Ele se considerava um filósofo social. Nasceu em Frankfurt, era descendente de judeus religiosos, de linhagem rabínica. Antes que o nazismo lhe obrigasse a emigrar, Fromm se formou na Escola de Frankfurt, inovadora nas ciências sociais. Uma das inovações da Escola de Frankfurt foi aproximar a psicoanálise e a sociologia. Fromm agregou um terceiro componente : o judaísmo. A psicanalista Frieda Reichmann, com quem casou, tinha uma clínica conhecida como "Torá-pêutica" por causa da interação freudiana-judaica. Enquanto Freud postulava que nosso carater está muito determinado pela biologia, Fromm exaltava a possibilidade da autonomia individual. Vinculou as festividades judáicas com o desejo humano de transcendência, de superar a rotina mundana e consagrar indivíduos a objetivos espirituais. Sua teoria se encontra nos seus livros: "O medo da liberdade" (1941), "A arte de amar" (1956), "A sociedade sã" (1955). Na "arte de amar" parte da premissa de que o amor requer conecimento e esforço. O amor é uma arte e como tal requer um processo de aprendizagem. O homem surge da natureza, da mãe. Numa primeira etapa evolutiva se identfica com os animais e as árvores. O amor infantil segue o princípio: "Amo porque me amam", já o ser humano adulto diz:"Me amam porque amo".
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