O Reino De Tainá
(Waldene; Fagundes; Bi)
Numa aldeia indígena as margens do Rio do Peixe - GO, havia uma índia de apenas três anos de idade que era amiga dos peixes, cobras, macacos e dois amigos da água. Ela brincava e tomava banho todos os dias com esses amigos. A própria mãe, a índia Cauê ficava impressionada com a habilidade da filha que vivia as margens do rio. O rio era muito bonito, com sua água clara que podia ver até o interior do rio. Tinha uma praia de encantar! Todas as margens do rio eram praia, inclusive o encontro dele com o Rio Vermelho com sua água de cor vermelha. Os dois rios se encontravam e formavam um só rio, no encontro o espetáculo das cores se misturavam e corriam juntos fazendo o seu show. Tainá entrava sem medo no rio e nadava como ninguém, para ela era normal conviver com os bichos da região. Diferentes, eram os seres humanos quando alguém aproximava, corria e escondia no mato. Um caçador chamado Leonel resolveu seguir Tainá escondido ao meio das árvores, viu a indiazinha conversando. ? yá...sh...yac...iê. Leonel ficou curioso com a menina índia. Perguntou a si mesmo: ? Com quem ela está conversando? Chegou mais perto e viu que ela falava com uma cobra verde chamada caninana, pegou a pelo meio e colocou em seu pescoço. O caçador ficou com muito medo de ver aquela serpente convivendo com a garota sem picar. Logo que soltou a cobra seguiu mata adentro, a cobra atrás. Elas encontraram um macaco que começou a fazer festa, gritava e abraçava a índia. Eles seguiram juntos para o leito do rio. Leonel observando... A índia, a cobra e o macaco mergulharam no rio, ficavam mergulhando por cima da água. De repente, a cobra sai em direção a mata... O macaco escuta os outros gritando ao longe e vai ao encontro deles... Tainá ficou por alguns minutos, saiu e deitou na areia. Meia hora depois, seguiu caminhando na praia para outro local, um lugar de muitas árvores gigantescas e com galhos enormes dentro do rio. Neste lugar, era o encontro dos dois rios. Uma árvore chamada gameleira era maior, seu galho flutuava por cima das águas misturadas. Tainá mergulhou naquele encontro de águas e sumiu para o fundo do rio, minutos depois apareceu na superfície nadando e agarrou no galho da gameleira olhando para dentro do rio. O galho começou a balançar, Tainá começou a sorrir, os amigos das águas apareceram junto com a índia e agarraram no galho também. O caçador Leonel a beira de um ataque: ? Não pode! Não acredito no que estou vendo! O boi só tinha um chifre. O menino da água tinha uma perna só. O caçador murmurou: ? Por que eles são diferentes? Será briga entre eles? Leonel escorregou as margens do rio e fez barulho, os amigos escutaram e mergulharam na água. Tainá mergulhou em direção a praia, saiu e foi embora para a aldeia. Leonel incrédulo com o que acabara de ver segiui a índia. Ao chegar na aldeia enfrentou flexas dos índios em sua direção. Ele mostrou o seu pescado, colocou a arma no chão e levantou os braços. A índia mãe Cauê aproximou e pegou o pescado, naquele momento entenderam que Leonel estava em paz. Um dos índios Zutô, entendia a língua dos homens brancos como eles falam e conversou com Leonel. Ofereceu peixe assado na brasa sem tempero e óleo para o caçador, comeu para agrada-los, porque não tinha nenhum sabor. Descontraídos, Leonel comentou dos amigos de Tainá, disse que não sabia da existência deles. Zutô argumentou: ? São nossos amigos - o boi perdeu um chifre quando derrubou uma canoa no cruzamento dos rios - o menino perdeu a perna quando expulsou um barco de pesca do seu habitat. Leonel disse: ? Por que isso, eles são perigosos aos homens? ? Não são perigosos, são muito inteligentes, a partir do momento que os humanos entenderem o valor da preservação da natureza e todo o ecossistema, vão ter equilibrio e vida para sempre na terra.
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