CRE examina indicações de embaixadores junto à Nigéria e ao Vaticano



Duas mensagens presidenciais contendo indicações de novos embaixadores deverão ser analisadas na terça-feira (7) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), a partir das 10h. Por meio das mensagens, o governo submete ao Senado os nomes da ministra de segunda classe Ana Cândida Perez e do ministro de primeira classe Luiz Felipe de Seixas Corrêa para o cargo de embaixador, respectivamente, na Nigéria e no Vaticano.

Ministra-conselheira na embaixada brasileira em Estocolmo a partir de 2004, Ana Cândida representará o Brasil - caso seu nome seja confirmado - junto ao maior parceiro comercial do país na África. Em 2007, o fluxo comercial bilateral alcançou US$ 6,7 bilhões, com grande déficit para o Brasil. Foram US$ 1,5 bilhão em exportações, contra US$ 5,2 bilhões em importação.

Segundo exposição de motivos que acompanha a mensagem presidencial de indicação da nova embaixadora, o governo brasileiro teria interesse em um maior diálogo político com a Nigéria, "país com o qual o Brasil mantém relações relativamente densas". O texto, ainda, classifica a Nigéria como uma "liderança africana com papel ativo em ações de prevenção e manutenção da paz, parceiro comercial importante e candidato natural a assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas".

A diversificação econômica, ainda de acordo com a exposição de motivos, pode ser considerada tema prioritário nas relações bilaterais. O governo brasileiro pretende ajudar a Nigéria a tornar a sua economia menos dependente do petróleo. Grandes empresas brasileiras de construção de rodovias e de engenharia pesada têm demonstrado interesse, segundo informações enviadas pelo Itamaraty, em investir na Nigéria.

Igreja

Embaixador em Berlim desde 2005, Seixas Corrêa deverá exercer o cargo de embaixador - caso seja aprovada a sua indicação - junto à Santa Sé, classificada pela exposição de motivos que acompanha a mensagem como um "ativo agente diplomático" que mantém relações diplomáticas com 177 países.

Segundo o documento, a Igreja "não renuncia ao que considera seu direito de expressar posições, algumas vezes críticas, a práticas e políticas de âmbito interno e internacional". Entre os valores que norteiam a política externa do Vaticano, de acordo com a exposição de motivos, estão os de "defesa intransigente" da vida humana, proteção dos direitos humanos, promoção da família e empenho pela preservação da paz.



01/10/2008

Agência Senado


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