CRE examina indicações de embaixadores na terça



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) deverá votar nesta terça-feira (4) a indicação de Georges Lamaziére para exercer o cargo de embaixador do Brasil na Dinamarca e, cumulativamente, na República da Lituânia. A matéria, de autoria da Presidência da República, tem como relator o presidente da comissão, senador Roberto Saturnino (PT-RJ).

Outra indicação a ser votada pela comissão designa o diplomata Pedro Motta Pinto Coelho para, cumulativamente com o cargo de embaixador do Brasil em Israel, exercer a função na República de Chipre. O relator da proposição é o senador José Agripino (PFL-RN).

Também deverá ser examinada a indicação de Luiz Fernando Gouvêa de Athayde para, cumulativamente com o cargo de embaixador do Brasil junto à República de Trinidad e Tobago, exercer o mesmo cargo junto à Comunidade de Dominica, no Caribe. A proposição tem como relator o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).

Requerimentos

A CRE também deverá votar requerimentos que convidam os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, bem como o comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos da Silva Bueno, a comparecerem à comissão. Eles deverão prestar esclarecimentos sobre a recente ida de 79 brasileiros à Venezuela, a convite do governo daquele país, para se submeterem à operação de catarata. As proposições são de autoria dos senadores Romeu Tuma (PFL-SP) e Jefferson Péres (PDT-AM).

Outro requerimento a ser votado pela comissão, de autoria de Romeu Tuma e do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), requer a realização de audiência pública para discutir a condução da política externa nos países da América Latina e suas implicações para a estabilidade política e econômica da região. Os parlamentares querem discutir, por exemplo, de acordo com a justificativa do requerimento, as ambições expansionistas do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e sua influência no continente sul-americano por meio de financiamentos e de apoio a grupos radicais, além da utilização do petróleo para criar dependência dos países vizinhos em relação ao mineral.

Outro tema que deverá ser debatido na audiência pública relaciona-se aos conflitos que surgiram entre o governo da Bolívia e empresas brasileiras após aeleição do líder camponês Evo Morales para a presidência daquele país. No primeiro semestre do ano, Morales nacionalizou o setor de hidrocarbonetos na Bolívia, prejudicando a atuação de multinacionais que agiam no setor, entre elas a Petrobras.



03/07/2006

Agência Senado


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